Venezuela efetua manobras de larga escala para se proteger
de uma possível invasão
05:47 16.01.2017
© AFP 2016/ Juan Barreto
As forças armadas da Venezuela começaram manobras “anti-imperialistas” de larga
escala na sexta-feira passada (13) visando preparar o país para se proteger no
caso de invasão.
Os exercícios decorrem no terreno, no mar e no ar, reunindo mais de 76 mil
soldados e quase 500 mil civis. Além das manobras militares, foram efetuados treinamentos
de defesa urbana e de proteção das refinarias de petróleo na costa.
De acordo com o ministro da Defesa venezuelano, Padrino Lopez, os exercícios
contaram com armamentos de qualidade e nível internacional e um apoio amplo dos
movimentos sociais.
No domingo (15), centenas de cidadãos saíram às ruas de
Caracas em marcha para demonstrar seu apoio à ação de escala nacional,
supervisionada pelo presidente Nicolás Maduro.
"Estamos prontos para defender nossa Terra, metro por metro, bairro por
bairro, rua por rua", disse Maduro durante os treinamentos do estado de
Miranda.
O governo socialista da Venezuela tem acusado os EUA de tentar
derrubá-lo.
"A partir deste momento, alertamos os imperialistas americanos de que
somos uma ameaça porque queremos a paz, somos socialistas, somos
revolucionários e somos chavistas", disse Diosdado Cabello, deputado da
Assembleia Nacional venezuelana, às tropas reunidas na base militar em Caracas.
"Você, Obama, com seu Nobel da Paz, trouxe guerra a
todos os recantos do globo", afirmou.
Enquanto isso, na sexta-feira passada (13) a administração cessante de Obama
ampliou o ato do executivo que declara o estado de emergência relativamente à
Venezuela, ao dizer que a situação no país não melhorou e que o governo de
Maduro continua violando os direitos humanos.
Em 2015, o ato impôs sanções contra sete altos funcionários responsáveis pela
prisão de manifestantes de oposição ao longo de uma onda de descontentamento
popular que resultou na morte de mais de 40 pessoas.
A chanceler venezuelana, Delcy Rodriguez, chamou o ato de prova do
"ódio" contínuo de Obama em relação à Venezuela.
Os opositores de
Maduro afirmam que o presidente deve se focar em lidar com o colapso econômico
na Venezuela, já que este provocou grande escassez de produtos básicos nas
lojas e elevadas taxas de inflação.
Alguns relatórios dizem que o país está à
beira da fome.
Fonte : https://br.sputniknews.com/
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