CORRUPÇÃO27/JAN/2017 ÀS 16:09
Jornalista descreve 3 overdoses de Aécio Neves dentro do
Palácio da Liberdade e revela como o tráfico de Nióbio abastece as contas do
senador tucano. Apesar das provas documentais e do depoimento em uma Comissão
da Câmara, mídia não repercute o caso
Um vídeo com o depoimento do jornalista Marco Aurélio Carone
sobre graves acusações contra Aécio Neves circula na internet há 2 meses, mas
os temas abordados no registro não foram explorados pelos grandes veículos de
comunicação do Brasil.
Em sua fala, Marco Aurélio Carone revela à Comissão de Direitos
Humanos da Câmara dos Deputados quais eram as denúncias que ele pretendia fazer
contra o senador mineiro, mas foi censurado.
As denúncias tratam de financiamento ilegal de campanha,
esquema na mineração e exportação de Nióbio,
uso político da estatal Cemig, overdoses de droga em pleno Palácio da Liberdade
e corrupção de Andrea Neves, irmã de Aécio.
Carone discorre ainda sobre a influência de Aécio no
Ministério Público e no Judiciário de Minas Gerais e conta como foi preso para
não estragar a campanha do senador, que, na época, disputava a Presidência da
República contra Dilma Rousseff.
Advogados do senador já tentaram, sem sucesso, impedir a
disseminação do vídeo junto ao Youtube e outros canais de reprodução de
imagens.
As negativas para tirar o vídeo do ar partem do princípio de
que o depoimento foi dado em uma audiência pública de uma Comissão da Câmara.
VÍDEO:
ÍNTEGRA:
Abaixo, confira trecho de notícia publicada no Viomundo no dia do
depoimento de Carone na Câmara dos Deputados:
O jornalista Marco Aurélio Carone ficou preso 9 meses e 20
dias em 2014, em Minas Gerais.
Ele é filho de um ex-prefeito de Belo Horizonte que foi
aliado de Tancredo Neves.
No Diário de Minas e no Novojornal, este na internet, passou
a fazer denúncias contra o grupo político do hoje senador e presidente do PSDB,
Aécio Neves.
O jornalista se diz vítima de policiais, procuradores,
juízes e desembargadores de Minas, que estariam a serviço de Aécio.
Carone foi solto 5 dias depois da eleição presidencial em
que Aécio foi derrotado por Dilma Rousseff.
Foi absolvido no processo que o levou à prisão.
Mas, enquanto esteve na cadeia, não pode fazer as denúncias
que pretendia fazer contra o tucano.
Hoje, na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara
dos Deputados, Carone contou quais eram: financiamento de campanha via caixa
dois, envolvimento de Andrea Neves, esquema na mineração e exportação de nióbio
e uso político da estatal Cemig, a Companhia Energética de Minas Gerais, dentre
outros.
Também depôs Geraldo Elísio, o jornalista que trabalhava com
Carone e sofreu busca e apreensão da polícia civil de Minas Gerais segundo
ele, o objetivo era descobrir as fontes das denúncias.
Num dos trechos de seu depoimento, Elísio disse que o
helicóptero apreendido com 450 kg de pasta base em Minas fez pelo menos três
pousos em Divinópolis, no interior do Estado, sugerindo assim que o aparelho —
de propriedade da Limeira Agropecuária, do senador Zezé Perrella, aliado de
Aécio Neves — fazia o vôo regularmente.
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