sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Boate Kiss: 4 anos após tragédia, réus ainda não foram julgados

Boate Kiss: 4 anos após tragédia, réus ainda não foram julgados
Estimativa é que quatro responsáveis vão a julgamento em até três meses
HÁ 19 HORAS 27/01/2017 POR NOTÍCIAS AO MINUTO
 

Quatro anos após a tragédia da Boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e ninguém está preso. 

Das 30 pessoas apontadas no início das investigações, apenas quatro ainda são consideradas responsáveis pelo incêndio que causou a morte de 242 pessoas, a maioria com menos de 25 anos, em 27 de janeiro de 2013.

O Zero Hora lembra que a única sentença do caso emitida pela Justiça comum foi convertida em serviços comunitários. 

Nesta quinta-feira (26), véspera dos 48 meses da tragédia, jornal O Estado de S. Paulo informou que familiares das vítimas tinham protocolado um pedido de análise do caso na Organização dos Estados Americanos (OEA). O objetivo é responsabilizar o Estado brasileiro por omissão, negligência e descumprimento da lei, uma vez que os órgãos públicos saberiam de problemas no local.

Até agora, os sócios Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, donos da boate, além de Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão, da banda Gurizada Fandangueira, irão a júri popular. A decisão foi anunciada pelo Tribunal de Justiça, em julho passado, depois do recurso da defesa dos quatro ter sido negado na primeira instância.

Procurado pelo Zero Hora, o Tribunal previu que o recurso deva ser julgado em até três meses. 

A espera de quatro anos pela conclusão do julgamento é causada, segundo o desembargador e presidente do Conselho de Comunicação do TJ, Túlio de Oliveira Martins, pelo tamanho do processo que tem 96 volumes e mais de 20 mil páginas. 

A estimativa é que mais de 200 depoimentos foram colhidos.




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