Rede de restaurantes do Rio é acusada de lavar dinheiro para
Cabral
Manekineko transferiu quantias milionárias para o escritório
de advocacia da ex-primeira-dama, que é suspeito de ser responsável por
"esquentar" parte da propina
POLÍTICA LAVA JATO
HÁ 19 HORAS 17/01/2017
POR NOTÍCIAS AO MINUTO
O Ministério Público aponta que a rede de restaurantes
japoneses Manekineko é suspeita de lavar dinheiro para o ex-governador do
Rio de Janeiro Sérgio Cabral, preso em Bangu acusado de cobrar propina
sobre contratos de obras do Estado.
Relatório da Receita Federal afirma que, em 2014, o
restaurante transferiu R$ 1 milhão para o escritório de advocacia da
ex-primeira-dama, Adriana Ancelmo, que assim como Cabral está presa. No
ano seguinte, o escritório declarou ter recebido outros R$ 2,3 milhões da rede
de restaurantes.
A empresa da ex-primeira dama é acusada de ser responsável
por lavar parte da propina.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, um relatório do
Conselho de Controls de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da
Fazenda, também detectou que sócios e funcionários do restaurante foram
beneficiários de depósitos em dinheiro feitos por uma das secretárias da
ex-primeira-dama.
A rede Manekineko tem seis restaurantes no Rio, sendo três
na zona sul. Procurada, a empresa afirmou que não poderia se manifestar no
momento.
A defesa de Adriana e Cabral também não se pronunciaram.
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