ALERTA: Isolado no presídio, Cunha dá sinais de abatimento,
depressão e desiste de lançar livro sobre o impeachment de Dilma
5 de janeiro de 2017
Durante o tempo em que permaneceu na carceragem da Polícia
Federal, em Curitiba, o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) passou a
exercer voz de comando e organizar os afazeres do dia no local, segundo
investigadores.
Desde que foi transferido para Pinhais, no entanto, há três
semanas, o peemedebista vem dando sinais de abatimento por estar num regime
mais restrito, sozinho numa cela e privado do contato com os demais presos,
inclusive no banho de sol.
Na carceragem da PF, Cunha tinha mais liberdade de
circulação e não se sentia tão isolado.
Enquanto esteve em Curitiba, conviveu com Olívio Rodrigues e
Luiz Eduardo Soares, dois delatores que atuaram no Setor de Operações
Estruturadas, o departamento da propina da Odebrecht. Ambos foram soltos no
mesmo dia em que Cunha foi transferido para o Complexo Médico-Penal de São José
dos Pinhais.
A defesa do peemedebista foi contrária à mudança. Reclamou
que implicaria contato mais restrito com os advogados e, em recurso ao Supremo
Tribunal Federal (STF), afirmou que a transferência para o presídio tinha o
objetivo de pressioná-lo a fazer um acordo de delação premiada.
Incomodado com o andamento de seus processos, Cunha decidiu
se dedicar exclusivamente a estudar sua defesa e orientar os advogados.
O peemedebista abandonou, por tempo indeterminado, a ideia
de escrever um livro, que, segundo ele, contaria os bastidores do impeachment
da petista Dilma Rousseff e seria seu “presente de Natal” aos inimigos
políticos.
Envolvido com os detalhes da defesa, Cunha chegou a comentar
com interlocutores que embora discorde das decisões do juiz Sérgio Moro e do
modo como o magistrado atua no processo, enxerga nele um profissional bem
preparado.
Segundo relatos, o peemedebista percebeu que o juiz que comanda a
Lava Jato lê todas as longas petições e disse que Moro se diferencia dos demais
magistrados pela “inteligência”.
Sobre a disputa entre sua defesa e os acusadores, Cunha tem
dito que alcançou vitórias, em especial, ao ver tanto as testemunhas de
acusação como as de defesa negarem sua responsabilidade na nomeação de Jorge
Zelada para a diretoria de Internacional da Petrobras.
Conforme relato do deputado cassado a interlocutores, isso
exclui o ato de ofício necessário para imputação do crime de corrupção. Com
informações do Estadão Conteúdo.
Fonte: http://clickpolitica.com.br/
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