10/12/2016 16:50
Alckmin recebeu propina e PF cria uma denúncia contra Lula
no mesmo dia para abafar
Parece até que a PF tem uma lista de denúncias falsas contra
Lula para jogar em momentos oportunos
De acordo com delação de executivos da empreiteira
Odebrecht, o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) recebeu dinheiro
vivo para as campanhas de 2010 e 2014.
Alckmin, tratado nas listas de delação
da empreiteira como “Santo”, teria recebido na campanha de 2010 R$ 2 milhões
por meio de seu cunhado Adhemar Ribeiro, irmão da primeira-dama Lu Alckmin. A
transação foi feita no escritório do próprio Adhemar, no centro da capital
paulista.
Na ocasião, o tucano venceu a eleição no primeiro turno, com 50,63%
dos votos válidos.
Já em 2014, quem recebeu a propina para a campanha de
reeleição do governador teria sido o atual secretário de Planejamento, Marcos
Monteiro, relacionado pela empreiteira como “MM”.
De acordo com o Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), não há doações oficiais para as campanhas de Alckmin
em nenhuma das duas eleições. Entrou apenas R$ 100 mil, em 2010, e R$ 200 mil,
em 2014, através da Braskem, braço petroquímico da empreiteira.
Um dos responsáveis por esta delação é Carlos Armando
Paschoal, conhecido como CAP, ex-diretor da Odebrecht em São Paulo, um dos
operadores da empresa junto a políticos.
CAP é um dos 77 executivos que
negociaram recentemente a delação premiada e prometem tremer a República nos
próximos dias.
É dele também a afirmação de que o atual ministro das Relações
Exteriores do governo Temer, José Serra, recebeu R$ 23 milhões por caixa dois
para a sua campanha de 2010.
A atual delação explode dentro do ninho tucano no exato momento em que Serra
anuncia apoio à recondução de Aécio para a presidência do partido, em detrimento
do “Santo”.
Os três, que são prováveis candidatos à presidência em 2018,
participam de virulenta disputa interna enquanto assistem seus nomes
chafurdarem na lama em seguidas denúncias.
Como os próprios delatores relataram, eles nunca estiveram com Alckmin para tratar de doações ou propinas. Ele nunca participou de nenhuma negociação. Todas as contribuições recebidas em campanhas eleitorais disputadas por Alckmin foram devidamente contabilizadas e informadas à Justiça Eleitoral pelos respectivos comitês financeiros cujos membros eram os únicos autorizados a falar em nome do candidato. Definitivamente, não há nada contra Alckmin.
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