MAIS DENÚNCIA: Deputados denunciam Moro no CNJ e pedem
suspensão de filme da Lava Jato; SAIBA!
5 de abril de 2017
Os deputados do PT Wadih Damous (RJ), Paulo Pimenta (RS) e
Paulo Teixeira (SP) anunciaram na tarde desta quarta-feira 5 que irão protocolar
junto ao Ministério Público do Distrito Federal um pedido de investigação sobre
as circunstâncias que vem sendo feito o filme “Polícia Federal – A lei é para
todos”, que trata da Operação Lava Jato.
Eles pedem apuração dos crimes de improbidade por agentes da
PF, peculato, abuso de autoridade e prevaricação.
Os parlamentares denunciaram
que materiais da corporação, como uniformes, armas, viaturas e até helicópteros
foram utilizados pela produção do filme. Segundo os petistas, agentes da PF
foram instados pelo diretor, Leandro Daiello, a buscar apoio e patrocínio para
a realização do filme.
Os três deputados contaram ainda que, próximo do Carnaval,
um grupo de cerca de dez agentes da PF viajou com a equipe do filme para São
Paulo, onde ficou hospedado à custa da produção e usou carros da corporação.
Eles ficariam à disposição das filmagens, de acordo com os deputados. O grupo
desistiu da ação apenas porque foi informado de que se tratava de um ato
ilegal, acrescentaram.
“A PF em Curitiba foi fechada para uso exclusivo da
filmagem. Dez agentes da PF estiveram à disposição da produção, com diárias
bancadas. A missão foi autorizada, depois anulada, tem registro disso, mas as
viaturas, o combustível, pedágios, tudo isso foi pago com dinheiro público, assim
como a utilização de aviões, fardas, armas, sem qualquer contrapartida. E não
há previsão legal para isso”, detalhou Paulo Pimenta.
Os parlamentares anunciaram ainda que o juiz Sergio Moro
será denunciado junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por falta
disciplinar, uma vez que permitiu que uma ordem sua fosse descumprida.
O
magistrado havia determinado que não fosse feita qualquer filmagem da condução
coercitiva contra o ex-presidente Lula em março do ano passado, mas integrantes
da equipe de filmagem afirmaram em entrevistas que souberam da existência de
cenas desse dia, feitas por agentes da PF. Questionado pela defesa de Lula,
Moro disse que não poderia censurar a imprensa ou a produção do filme.
Atores, o produtor e o diretor do filme sobre a Polícia
Federal serão arrolados como testemunhas, informaram os deputados. O diretor da
PF, Leandro Daiello, e o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, ao qual a PF
está subordinada na estrutura do governo federal, devem ser convocados para
falar sobre o episódio na Câmara dos Deputados.
“Nenhum brasileiro está acima da lei, mas esse episódio
mostra o Estado tentando influenciar a opinião pública se utilizando de meios
ilegais”, afirmou Paulo Teixeira.
“O próprio Estado, a partir do seu poder de
coerção,
ir buscar recursos para bancar um filme… A polícia, ao permitir isso,
sai do controle da lei”, acrescentou.
Fonte: http://clickpolitica.com.br/
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