05/JUL/2016 ÀS 11:14
Michel Temer reclama de protestos:
"Meu filho e minha mulher choram..."
Michel Temer diz que não sabia de propina a caciques do PMDB
e reclama de protestos contra ele: "Outro dia, um grupo se postou em
frente à minha casa e começou a gritar, assustando minha mulher e meu filho. Os
dois ficaram chorando... Foi muito desagradável"
Em entrevista à revista Veja sobre as acusações
sofridas pela cúpula do PMDB, após as delações de Sérgio Machado, e as
perspectivas para a aprovação definitiva do impeachment de Dilma Rousseff no
Senado, Michel Temer diz não acreditar que sua gestão será implicada pela
Operação Lava Jato, apesar de três ministros já terem caído — dois por estarem
diretamente ligados às investigações de corrupção levadas a cabo pela Polícia
Federal e um por ter feito críticas aos trabalhos da PF.
Temer diz tampouco se sentir ameaçado pelo avanço da Lava
Jato em direção aos principais líderes do PMDB. Ao ser questionado sobre as
suspeitas de pagamento de propina aos caciques José Sarney, Renan Calheiros e
Romero Jucá, enquanto ele presidia o partido, Temer banca o Lula:
“Eu cuidava das doações oficiais. Nunca soube que alguém
pudesse dar verbas fora da doação oficial. E são afirmações que merecem
comprovação, não são definitivas, têm de ser comprovadas”, disse.
O presidente em exercício se queixou da repercussão do
afastamento de Dilma e da posse como interino em sua vida pessoal. Ele falou em
“campanhas” contra ele, tendo em vista “a perspectiva do retorno” da petista:
“Outro dia, um grupo se postou em frente à minha casa e
começou a gritar palavrões, assustando minha mulher e meu filho. Os dois
ficaram chorando… Foi muito desagradável”, afirmou.
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