MUNDO 14/07/2016 17:19
FBI alerta para "diáspora terrorista" após derrota
do EI
EI: a derrota do EI no Iraque e na Síria deixará o grupo
"desesperado para provar que mantém sua vitalidade"
advertiu o
diretor do FBI
Da AFP
O diretor do FBI (a Polícia Federal
americana), James Comey, alertou, nesta quinta-feira (14), para a possibilidade
de uma "diáspora terrorista", depois da derrota do grupo Estado Islâmico no
Iraque e na Síria,
prevendo um aumento nos ataques extremistas.
"Todos sabemos que haverá uma diáspora terrorista (...)
quando as forças militares tiverem esmagado o 'califado' proclamado pelo grupo
Estado Islâmico no Iraque e na Síria", afirmou o diretor do FBI, falando
diante da Comissão sobre Segurança Doméstica da Câmara de Representantes do
Congresso americano.
"Os milhares de combatentes" do grupo "vão
para qualquer parte, e nosso trabalho é apontá-los e detê-los antes que venham
para os Estados Unidos para atacar pessoas inocentes", acrescentou.
A derrota do EI no Iraque e na Síria deixará o grupo
"desesperado para provar que mantém sua vitalidade, e isso tomará,
provavelmente, a forma de mais ataques assimétricos, de mais esforços
terroristas", advertiu.
Em meados de junho, o diretor da CIA (Agência Central de
Inteligência), John Brennan, informou que restavam "de 18 mil a 22
mil" combatentes do EI no Iraque e na Síria.
O EI está recuando no terreno, sobretudo, no Iraque, onde
perdeu a cidade sunita de Fallujah, e acaba de reconquistar uma importante base
aérea em Qayyarah, a cerca de 60 km da cidade de Mossul, principal reduto
extremista do país.
Isso não impediu o grupo de lançar sangrentos ataques terroristas
em Bagdá e no mundo.
Também na comissão, o diretor do Centro Nacional de
Contraterrorismo, Nicolas Rasmussen, disse que os reveses militares do EI no
Iraque e na Síria enfraquecem o grupo.
"Mas isso pode levar tempo" até que se traduza em
uma redução dos ataques terroristas, afirmou.
Ontem (13), o diretor da CIA, John Brennan, considerou que
os três atentados suicidas cometidos na semana anterior na Arábia Saudita
"tinham a marca do EI".
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