Rojões atingem acampamento de militantes pró-Lula na
madrugada
Eduardo Gonçalves4 horas atrás 10/05/2017
© Arquivo pessoal Foto Ataque Rojão 3
Rojões e fogos de artifício foram disparados na madrugada
desta quarta-feira contra o acampamento onde estão concentrados militantes do
MST e da CUT que viajaram a Curitiba (PR) para acompanhar o depoimento do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao CUT
Os fogos atingiram pelo menos uma barraca, que ficou em
chamas, e feriram um rapaz identificado por assentados como Maicon, professor
do acampamento Dom Tomás Balduíno, em Quedas do Iguaçu, interior do Paraná. Ele
foi socorrido, consciente, a um hospital da região. Tinha queimaduras no braço
e no pescoço.
Logo após o ocorrido, um homem com mochila nas costas foi
visto escondido sob um viaduto vizinho ao acampamento. Segundo os militantes,
ele pode ter disparado os fogos. O homem fugiu em seguida por uma escada no
pilar do viaduto e, depois, correu por uma passarela.
Os fogos foram disparados pouco depois da meia-noite.
O barulho provocou correria no acampamento, onde há centenas de pessoas
dormindo em barracas – são homens, mulheres, idosos e crianças, principalmente
da região sul do país.
Segurança do MST
Uma equipe destacada para fazer a segurança do acampamento,
formada por 150 integrantes do MST, tentou localizar o responsável por lançar
os fogos. Sem sucesso, os homens, armados com bastões de madeira, fizeram
um cordão para isolar o local atingido.
O acampamento, montado próximo à Rodoferroviaria de
Curitiba, está cercado por grades. Além dos homens do MST, integrantes do que o
movimento chama de “equipe de disciplina”, seguranças privados armados foram
contratados para fazer a segurança dos militantes – eles estariam sendo pagos
pela CUT.
No momento do disparo dos fogos, esses seguranças armados
guarneciam a entrada do acampamento, do lado oposto ao local atingido pelos
rojões.
Vinte e cinco ônibus de viagem estão estacionados nos
arredores da Rodoferroviária de Curitiba, onde fica o acampamento.
Na audiência desta quarta-feira, o ex-presidente Lula será
interrogado pelo juiz Sergio Moro como parte de um processo em que ele é réu,
acusado de corrupção e lavagem de dinheiro por ter recebido favores da
empreiteira OAS.
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