URGENTE: Janot arma truque para implodir candidatura de
Lula; CONFIRA!
18 de março de 2017
O que poderia ser celebrado como sinal de normalidade
institucional – os pedidos do Rodrigo Janot ao STF para abrir inquéritos das
delações da Odebrecht – na realidade é apenas um truque do procurador-geral
para [i] proteger o bloco golpista, em especial o PSDB; mas, sobretudo, para
[ii] viabilizar a condenação rápida do Lula e, desse modo, impedir a
candidatura do ex-presidente em 2018, isso se a eleição não for cancelada pelos
golpistas.
Janot seguiu fielmente Maquiavel: “aos amigos, os favores;
aos inimigos, a lei”.
Os golpistas, cujos indícios de crimes são contundentes,
com provas de contas no exterior, jantares no Palácio Jaburu, códigos secretos
para recebimento de dinheiro da corrupção e “mulas” para carregar propinas,
serão embalados no berço afável do STF.
Lula, sobre quem não existe absolutamente nenhuma prova de
crime, foi denunciado por Janot e será julgado por Sérgio Moro, um juiz
parcial, que age como advogado de acusação.
Ele é movido por um ódio genuíno e
dominado por uma obsessão patológica de condenar Lula com base em convicções
[sic]. Janot entregou a este leão faminto e raivoso a presa tão ansiada.
Os fatores que permitem prospectar esta hipótese da
sacanagem do Janot são:
1. as listas parciais divulgadas em 14 e 15/03/2017
implodiriam qualquer governo, quanto mais o apodrecido e ilegítimo governo
Temer – implodiriam, mas não implodirão, porque estamos num regime de exceção;
2. foram denunciados nada menos que: seis ministros
[Padilha, Moreira Franco, Aloysio Nunes, Bruno Araújo, Kassab e Marcos Pereira]
+ os dois sucessores naturais do presidente em caso de afastamento do usurpador
[Rodrigo Maia e Eunício Oliveira] + o idealizador da “solução Michel” para
estancar a Lava Jato, atual presidente do PMDB [Romero Jucá] + o presidente do
PSDB [Aécio “tarja-preta”] + quatro senadores da base do governo + cinco
governadores + três deputados que apóiam Temer + três senadores da oposição +
dois deputados de oposição;
3. uma pessoa iludida poderia concluir: “é uma decisão
corajosa e imparcial do Janot”; afinal, ele investiga personagens poderosos e,
aleluia, inclusive o PSDB. Ilusão: esta é, exatamente, a manobra diversionista
do Janot;
4. os denunciados do governo golpista, todos eles, inclusive
os sempre protegidos tucanos, têm foro privilegiado, e por isso serão
investigados pelo STF, e não nas instâncias inferiores do judiciário [com
minúsculo]. É verdade que Janot denunciou também golpistas sem foro
privilegiado. Esses, porém, são as “genis” Eduardo Cunha e Sérgio Cabral, já
presos; e Geddel Vieira Lima, que já está no corredor do cárcere;
5. o supremo [com minúsculo], demonstram estudos da FGV, é a
instância mais lenta, mais politizada [eventualmente mais partidarizada, para
não dizer tucana] e mais inoperante do judiciário. A primeira lista do Janot,
por exemplo, entrou no sumidouro do STF há dois anos [em março/2015], e lá
dormita até hoje, sem nenhuma conseqüência na vida dos políticos denunciados
por corrupção;
6. a composição ideológica do STF é aquela mesma que, agindo
como o Pôncio Pilatos da democracia brasileira, lavou as mãos no processo do
impeachmentfraudulento, e assim converteu o supremo em instância garantidora do
golpe de Estado que estuprou a Constituição para derrubar uma Presidente eleita
com 54.501.118 votos;
7. é fácil deduzir, portanto, qual será a tendência do STF
na condução dos processos dos golpistas. Se esses julgamentos iniciarem antes
de 2021, será um fato inédito.
A lista do Janot é um instrumento ardiloso da Lava Jato e da
mídia para a caçada do Lula. Janot faz como o quero-quero, pássaro que grita
longe do ninho para distrair os intrusos, afastando-os dos seus filhotes.
As instituições do país estão dominadas pelo regime de
exceção que violenta a Constituição para permitir um processo agressivo e
continuado de destruição dos direitos do povo, das riquezas do país e da
soberania nacional.
O anúncio imediato da candidatura presidencial do Lula,
abrindo uma etapa de mobilizações permanentes e gigantescas do povo, é a
urgência do momento. É a garantia de proteção popular do Lula contra os
arbítrios fascistas do regime de exceção e, ao mesmo tempo, fator que pode
modificar a correlação de forças na sociedade.
O êxito dos protestos deste 15 de março, que levaram milhões
de trabalhadores às ruas em todo o país, é um sinal positivo da retomada da
resistência democrática e da luta contra o golpe e os retrocessos.
A democracia e o Estado de Direito somente serão restaurados
no Brasil com a mobilização popular intensa e radical, e a candidatura do Lula
é um motor para esta restauração.
Por Jeferson Miola
Fonte: http://clickpolitica.com.br/
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