CRÍTICA GERAL: Moro quebra sigilo da fonte, expõe jornalista
e é detonado por membros da imprensa, ‘Sujeito desequilibrado’
21 de março de 2017
O juiz Sergio Moro, que conduz a Operação Lava Jato, não
quis se explicar sobre o porquê de ter quebrado o sigilo da fonte do jornalista
Eduardo Guimarães, que edita o Blog da Cidadania, um dos principais sites de
esquerda do País.
Questionado pela jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.
Paulo, sobre a violação de uma garantia constitucional, que garante a todos os
profissionais da imprensa o sigilo da fonte, Moro se limitou a reproduzir o
bordão de Armando Falcão durante a ditadura militar: “sem comentários”
Moro não apenas determinou a condução coercitiva de
Guimarães, como apreendeu seus instrumentos de trabalho: um celular e um
computador. Com isso, na prática, o sigilo da fonte já foi quebrado.
O ato do juiz paranaense foi considerado arbitrário pela
Federação Nacional dos Jornalistas (leia aqui) e pela presidente eleita – e
deposta pelo golpe – Dilma Rousseff (leia aqui), assim como pelo Conjur, maior
portal jurídico do País (leia aqui).
Moro alega que Eduardo Guimarães não é jornalista, mas essa
questão já foi pacificada pelo Supremo Tribunal Federal, que garantiu o
exercício da profissão a qualquer cidadão. Vale lembrar que assim como Eduardo
Guimarães, Roberto Marinho, da Globo, e Otávio Frias, da Folha, foram donos de
meios de comunicação sem terem diplomas de jornalista.
A atitude desta terça-feira de Moro foi criticada por
jornalistas de diversas tendências ideológicas, como Luis Nassif, Ricardo
Noblat, Kennedy Alencar, Paulo Nogueira, Renato Rovai e Glenn Greenwald, entre
outros.
Noblat disse que Moro deve explicações. Kennedy lembrou que
a força-tarefa da Lava Jato é especialista em vazamentos. Greenwald lembrou que
a democracia não mais existe quando jornalistas são presos.
Nassif foi quem fez a crítica mais acentuada. “Sua atitude,
agora, mostra um sujeito desequilibrado, utilizando o pesadíssimo poder
conferido pelo apoio da mídia e de Ministros descompromissados com direitos
civis, para exercer o arbítrio em causa própria”, afirmou (leia aqui).
Fonte: http://clickpolitica.com.br/
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