SERÁ? Jornal francês diz que Cunha ainda representa perigo
para Temer mesmo depois da condenação; CONFIRA!
31 de março de 2017
A condenação do ex-presidente da Câmara dos Deputados
Eduardo Cunha, na quinta-feira (30), a 15 anos e quatro meses de prisão teve
repercussão na França.
Para o jornal Le Monde, a decisão do juiz Sérgio Moro
deve enterrar a carreira política de Cunha.
Segundo o respeitado jornal francês, o ex-presidente da
Câmara ainda pode protagonizar novas polêmicas e reviravoltas, se resolver
colaborar com a justiça e entregar ‘cúmplices’ — o que poderia comprometer o
presidente Michel Temer, também alvo da Operação Lava Jato.
Ao avaliar a
condenação pelos crimes de corrupção, de lavagem de dinheiro e de evasão
fraudulenta de divisas, Le Monde considera “severa” a sentença proferida pelo
juiz Sérgio Moro.
A correspondente em São Paulo, Claire Gatinois, descreve
Cunha como um “político habilidoso, experiente em complôs e desavergonhado,
louco por dinheiro e poder”. Ainda lembra que “ele orquestrou a queda da
ex-presidente Dilma Rousseff”, no ano passado, e foi durante muitos anos uma
“figura de segundo escalão na Câmara”.
O prestígio do político cresceu em 2015,
“quando ele saiu da sombra de um partido aliado ao PT e passou a ser apoiado
pela chamada bancada ‘BBB’, do boi, da bíblia e da bala”, grupo que reúne os
blocos ruralista, evangélico e da segurança pública na Câmara.
Em um dos trechos transcritos da sentença de Moro, o juiz
afirma que “não existe ofensa mais grave do que a de um homem que trai um
mandato parlamentar e a confiança sagrada que o povo depositou nele”.
La Monde
assinala que para obter uma redução da pena, Cunha pode decidir colaborar com a
Justiça e atingir diretamente o presidente Michel Temer, também suspeito de
irregularidades nas investigações da Lava Jato.
Um das condenações por corrupção passiva se deve ao
recebimento “ilegal” de 1,3 milhão de francos suíços (US$ 1,5 milhão) por ter
mediado a aquisição por parte da Petrobras dos direitos de exploração em um
campo petrolífero em Benin, na África.
Cunha, de 58 anos, estava em prisão preventiva desde outubro
de 2016. Seus advogados anunciaram que apelarão da sentença, mas ainda assim
deverá permanecer recluso, segundo determinou Moro, responsável em primeira
instância da Operação Lava Jato.
Fonte: http://clickpolitica.com.br/
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