7/3/2017 14:57
Gilmar Mendes e Globo querem adiar eleições de 2018
Acendam o pisca-alerta! Todos nós acompanhamos as defesas
desabridas do senhor Gilmar Mendes, enquanto ministro do STF, contra o fim do
financiamento de campanhas políticas por empresas.
Atropelado o processo democrático que instalou em Brasília
um governo ilegítimo, fraco, com índices de aprovação na casa de um dígito, e à
frente de uma economia que jogou o país em um nível de recessão só comparável
ao ano de 1948, quando se iniciou a medição do Produto Interno Bruto (PIB),
ele, o mesmo Gilmar, na qualidade de presidente do TSE, vem a público alardear
a necessidade de mudanças na Lei Eleitoral, abrindo as porteiras para
"vaquinhas".
Ou, como prefere, crowdfunding. Aquele sistema, que nas
eleições municipais permitiu a multiplicação de "laranjas", como
doadores.
Para Gilmar, será impossível organizar as eleições (e obviamente ele está
falando da majoritária, é claro), apenas com doações de pessoas físicas.
E,
caso não se alarguem as margens dessa exigência, lança dúvidas sobre a
realização do pleito.
Alguém tinha dúvidas de que em algum momento um
"mágico" do time deles viria posar de arauto de uma ditadura que vem
se desenhando desde abril de 2016? Alguém acreditou que, com Lula na casa do
índice de 40% de preferência nas pesquisas, a turma deles iria permitir que a eleição
transcorresse com tranquilidade? Apertem os cintos.
Preparem-se para intensas emoções em três Ds. Este é só o primeiro aceno do que
pode vir para o cenário de 2018. Claro que a insistência da economia em
contrariar os analistas de plantão, na verdadeira "teledramaturgia"
em que se transformaram os tele noticiários de cada noite, e a retração
econômica de 3,6%, segundo dados do IBGE, tem muito a ver com isto.
Os números, ainda que torturados, não vão se adequar às
contas de que precisa Michel. As reformas já não descem goela abaixo dos
deputados do baixo clero, que agora vislumbram perder votos com as suas bases
locais, acompanhando as diabruras do governo contra os trabalhadores.
O quadro
já não é tão cor de rosa na capital, como quando surrupiaram o poder a bordo do
apoio compacto dos hiper conglomerados de mídia. Já há os que vacilam entre
acompanhar um governo fragilizado e os apelos dos seus eleitores, que não
querem ver surrupiados direitos conquistados.
Gilmar Mendes emitiu um sinal perigoso. Ou reforma-se a Lei Eleitoral, ou não
vai haver eleição em 2018.
Quem tem juízo e memória que guarde dentro de si a
interrogação: haverá 2018? Temo que não. Preparem-se.
Fonte: Brasil247
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