STF decide investigar denúncia contra deputado Marco
Feliciano
15/09/2016 20h27 Brasília
André Richter – Repórter da Agência Brasil
O deputado diz que o tempo provará que acusações
não passam
de "engodo"
Arquivo/Agência Brasil
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin
decidiu que vai investigar a queixa apresentada pela estudante de jornalismo
Patrícia Lélis contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP).
Em decisão tomada na terça-feira (13), o ministro atendeu a pedido da
Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou abertura de inquérito para
apurar o caso.
Em depoimento na Polícia Civil do Distrito Federal, no mês
passado, Patrícia acusou o parlamentar de tentativa de estupro. O caso foi
remetido ao Supremo pelo fato de o deputado ter foro privilegiado.
Patrícia é da juventude do PSC, partido de Feliciano.
A estudante contou que foi chamada por Feliciano para ir ao apartamento
funcional dele, em Brasília, no dia 15 de junho, para participar de uma reunião
sobre a comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investigaria a União
Nacional dos Estudantes (UNE).
Segundo Patrícia, ao chegar à casa do deputado, ela
descobriu que ele estava sozinho e que não havia reunião. Feliciano, então,
tentou estuprá-la, disse a estudante. Patrícia disse que gritou e que uma vizinha
do deputado bateu à porta para saber o que estava acontecendo, o que colaborou
para que o estupro não se concretizasse.
Na Polícia Civil de São Paulo, Patrícia Lélis foi indiciada
por denunciação caluniosa e extorsão por acusar Talma Bauer, assessor do
deputado, de cárcere privado e sequestro.
Em um vídeo postado em sua página na internet logo após a
denúncia, Feliciano negou as acusações e disse que, com o tempo, ficará provado
que não passam de “engodo” e “mentira”.
Edição: Nádia Franco
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