Justiça se irrita e proíbe pastores de pedirem dinheiro na
TV
De acordo com uma reportagem assinada pelo jornalista Daniel
Castro, do 'Notícias da TV', o procurador da República Sérgio Suiama decidiu
abrir uma investigação sobre os horários.
11 de agosto de 2016 Atualizado em 19/09/2016 Apocalipse Gospel
Edir Macedo, Silas Malafaia, Valdemiro Santiago e companhia
podem perder a principal fonte de renda de suas igrejas evangélicas: a
televisão. De acordo com uma reportagem assinada pelo jornalista Daniel Castro,
do ‘Notícias da TV’, o procurador da República Sérgio Suiama decidiu abrir uma
investigação sobre os horários que são alugados em redes abertas de televisão,
especialmente na cidade de São Paulo, como a TV Record, Bandeirantes, TV Gazeta
e RedeTV!.
O Ministério Público Federal quer saber agora como funciona
a compra desses espaços, se como programação nos canais ou pura publicidade. A
investigação acontece depois que a Agência Nacional de Cinema, a Ancine, disse
que os cultos religiosos ocupam mais tempo que os telejornais.
O inquérito é baseado na própria Constituição brasileira,
que proíbe que horários sejam alugados, entendendo que a concessão de televisão
é um serviço público. Na pior das hipóteses, a investigação pode fazer com que
os pastores percam esses espaços na TV e sejam proibidos de pedir a tão
necessária oferta para a sobrevivência da igreja. Além disso, a lei também
garante que as emissoras de TV aberta não pode ficar mais de 25% de seu tempo
total fazendo publicidade.
Oficialmente, nenhuma das emissoras citadas confessa que
vendem seus horários para as igrejas. Elas chama esses espaços de
“coproduções”. Dessa forma, elas tentam se manter na legalidade. Mas na prática
não é bem uma coprodução que vai ao ar. A própria Globo, por exemplo, exibe um
único programa religioso, a ‘Santa Missa’ aos domingos. A atração é a mais
antiga do canal e ao longo dos anos foi colocada cada vez mais cedo.
No entanto, além de esconder a missa na programação, a Globo
realmente transmite o evento ao vivo com sua equipe. E não recebe nada por
isso. Pelo contrário, oferece à igreja católica espaço para anunciar
publicidade religiosa, como eventos importantes da igreja.O fato de religiões
abarcarem as programações dos canais abertos e fechados acaba prejudicando o
próprio telespectador.
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