Wikileaks avisa: Não vazou nem 1% do que tem em mãos ainda
23:57 08.03.2017(atualizado 23:58 08.03.2017)

© AFP 2017/ THOMAS COEX
O 'Year Zero', que inclui 8.761 documentos e arquivos, foi
lançado inesperadamente pela WikiLeaks. A organização havia inicialmente
anunciado que fazia parte de uma série maior, conhecida como "Vault
7".
A WikiLeaks disse hoje que vazou apenas 1% do "Vault
7", uma coleção de documentos vazados da CIA que revelou a extensão de
suas capacidades de hacking, até agora.
No entanto, a organização não forneceu mais informações
sobre a ocorrência de mais vazamentos ou sobre quantas séries constituiriam o
"Vault 7".
Os vazamentos revelaram os alvos de hacking da CIA, com
televisores inteligentes infiltrados para a coleta de áudio, mesmo quando o
dispositivo está desligado.
O sistema operacional Google Android, usado em 85% dos smartphones do
mundo, também foi exposto como tendo graves vulnerabilidades, permitindo que a
CIA "armas" os dispositivos.
A CIA não confirmou a autenticidade do vazamento. "Nós
não comentamos sobre a autenticidade ou conteúdo de supostos documentos de
inteligência", disse Jonathan Liu, um porta-voz da CIA, citado dizendo em
The Washington Post.
O WikiLeaks afirma que o vazamento originou dentro da CIA
antes de ser "perdido" e circulado entre "ex-hackers do governo
dos EUA e contratados". A partir daí, as informações sigilosas foram
passadas para os colegas de Julian Assange.
A criptografia de ponta a ponta usada por aplicativos como o
WhatsApp foi revelada como fútil contra as técnicas de hacking da
CIA, apelidadas de "Year Zero", que eram capazes de acessar mensagens
antes que a criptografia fosse aplicada.
O vazamento também revelou a capacidade da CIA de esconder
sua própria impressão digital e atribuí-la a outros, incluindo a Rússia.
Um
arquivo de impressões digitais — vestígios digitais que dão uma pista
sobre a identidade do hacker — foi recolhido pela CIA e deixado para trás
para tornar os outros responsáveis.
Fonte: https://br.sputniknews.com/
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