Bolsonaro: “Apelo humildemente aos ministros do STF que não
me condenem”
Para Bolsonaro, a decisão do STF é uma sinalização de que a
imunidade
parlamentar por palavras, opinião e voto “não é mais absoluta”
parlamentar por palavras, opinião e voto “não é mais absoluta”
22/06/2016
Em um misto de bate e assopra, o deputado federal Jair
Bolsonaro (PSC-RJ) pediu “humildemente” que o Supremo Tribunal Federal (STF)
não o condene após a Primeira Turma da Corte aceitar denúncia contra
ele por incitação
ao crime de estupro quando, em 2014, proferiu um discurso em que
diz que só não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RS) porque ela
“não merece”. No dia seguinte, o parlamentar repetiu a declaração em entrevista
ao jornal Zero Hora.
Com a decisão, o deputado passou à condição de réu por
incitação ao crime de estupro e por injúria. Durante entrevista para
comentar a decisão, o deputado fez um apelo aos ministros da Corte. “Eu apelo
humildemente aos ministros dos STF que votaram para abrir o processo para não
me condenar, que reflitam sobre esse caso, não só a questão da imunidade aqui
[no Congresso], bem como onde eu estou”, disse.
Depois do pedido, a crítica. Para Bolsonaro, a
decisão do STF é uma sinalização de que a imunidade parlamentar por palavras,
opinião e voto “não é mais absoluta”. “A partir de agora, nossa imunidade
material não seria mais absoluta.” Na época, segundo Bolsonaro, ele não
entrou com ação contra a deputada, que o teria chamado de estuprador, por acreditar
“na imunidade [parlamentar] por palavra, opinião e voto”.
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