O que pode acontecer com a sua linha telefônica da Oi?
Exame.com Anderson Figo16 horas atrás
Thinkstock Pessoas utilizam celulares: Consumidor deve
continuar pagando contas da Oi
São Paulo - A Oi entrou
com pedido de recuperação judicial na última segunda-feira (20)
e a decisão gerou preocupações entre os consumidores que utilizam os serviços
prestados pela empresa. E agora, o que vai acontecer com eles?
Segundo especialistas, por ora, nada. A operadora não pode
descontinuar o serviço de telefonia, que é essencial, a não ser por falta de
pagamento, diz a advogada Sônia Amaro, supervisora institucional da associação
de defesa dos direitos dos consumidores Proteste.
"O cliente deve continuar pagando suas contas pelos
serviços prestados pela Oi", alerta Sônia. De acordo com a advogada, tanto
os deveres da operadora com os clientes quanto os deveres dos consumidores com
a empresa de telefonia devem ser mantidos.
Isso significa que, se o cliente precisa cumprir um prazo de
carência para rescindir o contrato com a Oi, por exemplo, ele não estará livre
de multa caso deseje encerrar o acordo agora.
Da mesma forma, o cliente também não estará livre da
cobrança de multa ejuros caso atrase o pagamento da conta de telefone,
por exemplo.
A Oi afirmou, em comunicado ao mercado, que irá "preservar a
continuidade da oferta de serviços de qualidade a seus clientes, dentro das
regras e compromissos assumidos com a Anatel (Agência
Nacional de Telecomunicações)".
A agência reguladora do setor decidiu não intervir na condução da Oi após o pedido
de recuperação judicial. A Anatel disse em nota que acredita na possibilidade
de recuperação de equilíbrio econômico-financeiro da empresa e que vai adotar
"ações específicas de fiscalização".
A Oi é a maior operadora de telefonia fixa e a quarta maior
operadora de telefonia móvel do Brasil. Ela possui, ao todo, mais de 70 milhões
de clientes.
O pedido de recuperação judicial se deve à dívida de R$ 65,4
bilhões com credores. Foi o maior pedido de recuperação judicial já protocolado no país —o
recorde, até então, era da OGX, do empresário Eike Batista, de R$ 11,2 bilhões, feito
em 2013.
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