Sim, Moro é réu na ONU
SÁBADO 14 JANEIRO 2017
O Cafezinho foi parar na capa da Veja.
Felizmente, não é para falar bem do blog. Se assim o fosse,
seríamos suspeitos, aí sim, de sermos farsantes.
Como é para falar mal, então estamos bem. Continuamos sendo
um blog “sujo” e honesto.
A matéria da Veja é um post encomendado pelo consórcio
de golpistas e corruptos que tomaram o poder para blindar Sergio Moro, o herói dos coxinhas e eleitores de Bolsonaro.
O autor tenta rebater post do Cafezinho que informa o óbvio:
Sergio Moro está sendo investigado pela Organização das Nações Unidas. É réu,
portanto.
No dicionário Priberam, a palavra réu tem as seguintes
conotações:
Então parem de frescura: Moro é réu.
A Veja diz que a aceitação da denúncia foi “mera
formalidade”. Ora, pode-se dizer o mesmo acerca da aceitação de qualquer
denúncia em qualquer instância.
Ser réu é isso mesmo: uma formalidade.
Réus não são culpados. O consórcio golpista é que incendiou
o vocabulário jurídico, com vistas a dar peso às suas calúnias: daí denunciado,
réu, investigado se tornaram sinônimos de bandidos. Não são. Às vezes são
inocentes.
Não é o caso de Sergio Moro, um dos mais perigosos
delinquentes políticos da história brasileira.
Sergio Moro é réu na ONU, sim, e também é réu num tribunal
muito mais severo, o da história.
Lula melhorou a vida do Brasil. Sergio Moro foi um dos
marionetes principais de um golpe que catapultou o Brasil de volta à miséria
política e econômica dos anos 80, quando éramos um país sem futuro, sem
esperança, sem auto-estima.
O resultado da irresponsabilidade de Sergio Moro e de seus
cúmplices da Lava Jato está aí, para todos verem: uma economia arrasada, sendo
assaltada por um punhado de ladrões que a própria Lava Jato levou ao poder, ao
derrubar uma presidenta honesta, eleita por 54 milhões de brasileiros.
A Veja anuncia agora uma nova “mega-delação”. Palhaçada!
É isso o que se transformou o Brasil. Uma república de
banana, em que as vidas de 206 milhões de indivíduos ficam à mercê de delações
forjadas, obtidas à base de tortura, chantagem ou ameaças, cujos conteúdos são
manipulados de mil maneiras.
A maior parte da opinião pública, inclusive a esquerda,
continua subjugada à agenda dessas delações, que integram um processo
investigativo inteiramente ilegal, e que, sobretudo, faz parte do maior ataque
político já sofrido pelo Brasil em séculos.
Em menos de dois anos, os esforços conjugados de Lava Jato e
Globo pulverizaram a soberania brasileira.
A Petrobrás está vendendo seus ativos a preço de banana, a
uma velocidade frenética. Todo o setor mais avançado da indústria de petróleo e
gás está sendo ou desmantelado ou entregue a estrangeiros.
O governo federal agora está chantageando o estado do Rio,
quebrado pela Lava Jato, a privatizar a Cedae, o que seria um “modelo” para
todos os estados.
Os golpistas querem privatizar os setores mais essenciais à vida
humana, setores que, no mundo desenvolvido, permanecem invariavelmente sob
controle do Estado.
A opinião pública fica rendida diante das sucessivas
“revelações” da Lava Jato, cuja maior parte são historinhas montadas,
verdadeiras, falsas ou exageradas, em que se vaza o conteúdo de um telefone
aqui, um e-mail aqui, formando uma narrativa, que, todos sabemos, é costurada
pela Globo.
E não faz sentido cobrar da Lava Jato que “pegue tucanos”,
ou que chegue até o “governo” e o derrube, como se isso significasse alguma
coisa.
A prisão de um tucano ou a derrubada de Temer por acaso vai
interromper o processo de entrega do patrimônio público? Vai reestabelecer as
contas nacionais destruídas pela própria Lava Jato?
Não vai.
Não deveria, jamais, nos interessar que os arbítrios da Lava
Jato fossem legitimados com a prisão de nossos adversários políticos, porque os
métodos são errados e, sobretudo, toda a estratégia política da Lava Jato é
incrivelmente golpista, irresponsável e antinacional.
A economia é um ecossistema delicado. Não se pode matar
empresas estratégicas impunemente, não sem um plano que evite um efeito
sistêmico.
Não houve plano nenhum. A Lava Jato, com a cumplicidade covarde ou
oportunista das autoridades que poderiam evitar o desastre (inclusive do
ministro da Justiça de Dilma, José Eduardo Cardoso), entrou na loja de cristais
como um elefante enfurecido.
Para fazer isso, a Lava Jato não respeitou a lei. Sergio
Moro é réu na ONU por conta dessas violações, mas os crimes dele e da força
tarefa contra a ordem econômica brasileira são ainda maiores do que as
violações de direitos praticadas contra Lula e contra um monte de gente.
O consórcio golpista surfa na onda da ignorância, do
populismo penal, do sentimento baixo de linchamento que, infelizmente, é muito
forte numa população traumatizada por séculos de opressão e corrupção.
Esse sentimento, porém, não vai durar para sempre. Em algum
momento, a crise econômica vai obrigar o brasileiro a botar ordem na casa, a
enquadrar esses juízes e procuradores enlouquecidos, e a criar regras para
proteger a economia nacional.
A Lava Jato pode ser o último golpe que a elite
escravocrata, sem compromisso com a indústria nacional, aliada a uma mídia que
nunca passou de reles representante dos interesses mais baixos do imperialismo,
aplica no Brasil.
Quando os ânimos esfriarem, serão criadas regras para, nunca
mais, o Brasil ficar à mercê de juízes e procuradores metidos a justiceiros. A
economia é importante demais para ficar na mão de sociopatas como esses
especialistas em power point da Lava Jato.
Se houver necessidade de se prender empresários, que se os
prendam. Se houver necessidade de se fechar uma grande empresa, que se as
feche. Se houver necessidade de proibir uma empresa de fechar novos contratos
com o governo, que se o faça.
Tudo isso, porém, precisa ser antes planejado com
um mínimo de bom senso, para que o prejudicado não seja a população, a
infra-estrutura nacional, e várias gerações de brasileiros, como está
acontecendo agora.
Investigações contra a corrupção, já está provado, tem de
ser conduzidas com discreção e responsabilidade política, sem mídia, por um
consórcio independente, como é o modelo de Hong Kong, elogiado no mundo
inteiro.
A Lava Jato foi uma cópia tosca das Mãos Limpas, que destruiu o
sistema político italiano, levou ao recrudescimento da corrupção naquele país,
e ajudou a fazer de Berslusconi, o mais corrupto de todos, a dominar o cenário
político italiano por mais de 20 anos. Os procuradores e juízes das Mãos Limpas
eram idiotas midiáticos que viviam nos jornais.
A luta contra a corrupção precisa ter um objetivo: defender
o país, defender a economia nacional e o erário, e não destruí-los, como fez a
Lava Jato. Milhares de empresas honestas, que estavam vinculadas às grandes
empreiteiras, foram devastadas porque a Lava Jato conduziu o processo de
maneira completamente irresponsável.
Então, sim, senhora Veja: Sergio Moro é réu na ONU e muito
mais. É um agente do golpe, do entreguismo, além de principal garoto propaganda
da extrema-direita violenta, bolsômica e hipócrita que se alastra pelo país.
Fonte : http://www.ocafezinho.com/
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