Jornal britânico aponta Bolsonaro como incentivador do
neonazismo
Publicação diz que democracia de raças no Brasil é um mito e
revela o crescimento de movimentos ultranacionalistas e neonazistas
POLÍTICA JORNAL BRITÂNICO HÁ 18 HORAS 12/01/2017
POR NOTÍCIAS AO MINUTO
O jornal britânico Financial Times divulgou uma
reportagem sobre o que eles chamaram de "mito da democracia de raças no
Brasil".
A publicação da última terça-feira (10) aponta o deputado federal
Jair Bolsonaro como um dos incentivadores de grupos
ultranacionais e neonazistas no país.
A matéria traz uma entrevista com o delegado Paulo César
Jardim, que ordenou em dezembro do ano passado buscas por supostos membros de grupos neonazistas em Porto
Alegre, no Rio Grande do Sul. A polícia procurou por possíveis
integrantes brasileiros de um grupo extremista de direita da Ucrânia.
"A revelação de que movimentos
ultranacionalistas brasileiros estão buscando experiência de combate no
exterior é um fenômemo preocupante que chocou o país, que se considera um
caldeirão de mistura racial.
A ascensão de grupos neonazistas desafia o mito
popular de que o racismo não existe no Brasil, pelo menos não na proporção
observada em países como os Estados Unidos", diz o texto.
O Financial Times menciona a invasão do Congresso por um grupo de extrema direitacom bandeiras
do Brasil, pedindo a volta da ditadura militar no país.
A reportagem cita Bolsonaro como um doscongressistas "ultraconservadores e seus entusiastas", que
"vêm preenchendo o vácuo deixado após o impeachment de
Dilma Rousseff".
Segundo o texto, o deputado "nega ser neonazista,
mas os críticos o acusam de compartilhar muitos pontos de vista do movimento,
como racismo e intolerância".
Sobre o crescente movimento neonazista no país, o delegado
entrevistado afirma não se tratar de criminosos comuns, pois "eles têm uma
ideologia. São pessoas que acreditam na limpeza étnica, em pureza racial",
explica.
Jardim relembra do ataque de extremistas armados com facas a
um grupo de judeus que comemorava o 60º aniversário do fim do Holocausto, em
2005, em Porto Alegre.
Além dos diversos casos recentes de ataques a
homossexuais na Avenida Paulista, em São Paulo.
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