'Invencibilidade das Forças Armadas dos EUA é um mito'
AMÉRICAS 15:38 12.01.2017
© flickr.com/ U.S. Pacific Fleet
Segundo escreve o autor do artigo publicado pela edição The
Week, o mito sobre a invencibilidade dos EUA pode ser desmontado por qualquer
adversário suficientemente "experiente e audaz".
Antes da Segunda Guerra Mundial, a França era considerada
invencível até à sua invasão pelos nazistas.
Os EUA enfrentam uma situação
parecida, destaca o autor do artigo da The Week, e podem perder sua reputação
devido a algumas razões.
Em primeiro lugar, os Estados Unidos constroem demasiados porta-aviões sem se
darem conta que as técnicas de combate usando esses navios não mudaram
desde meados do século XX.
"Até hoje, a vantagem dos porta-aviões dos EUA
significava que, por exemplo, qualquer tentativa da China de ocupar Taiwan
seria loucura. Agora isso parece quase um convite: a China, com seus mísseis
balísticos antinavio, pode afundar metade da frota dos EUA antes de ela se
aproximar da ilha", diz o artigo.
Em segundo lugar, a Rússia e a China estão alcançando os EUA em termos de
tecnologias stealth na construção de caças. Se trata tanto de seus próprios aviões,
como de tecnologias que permitem detectar aeronaves americanas.
Desde o início dos anos 90, a Força Aérea dos EUA se focou
no desenvolvimento de tecnologias stealth, mas agora ela precisa de algo de
diferente, declara o autor. Para além disso, os estrategistas americanos não
conseguem realizar o conceito da Guerra Centrada em Rede do jeito que eles
querem.
No âmbito desta guerra, os militares estão ligados entre si por redes, e isto
permite se orientarem na situação de modo mais rápido. Durante a guerra no
Iraque este sistema funcionou, mas com falhas.
"Pode ser que eles esperassem essas falhas. Ou talvez
isso revele a tendência do Pentágono para assinar contratos de produção de
tecnologias caríssimas e ambiciosas que não funcionam", pressupõe autor.
De acordo com ele, se ele estiver certo em pelo menos um dos
pontos, isto significa que os EUA são vulneráveis a um ataque destruidor, tal
como a França em 1940.
"Se eu sei disso, tenho certeza que Moscou e Pequim
também sabem", conclui o autor.
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