segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Documentos provam que Temer entregava informações do Brasil aos EUA

Documentos provam que Temer entregava informações do Brasil aos                                                 EUA
8 de janeiro de 2017
 

Esquerda Diário

As transmissões dos arquivos teriam sido feitas no dia 11 de janeiro 2006 (quarta-feira), às 14h02 e no dia 21 de junho 2006 (quarta-feira), às 16h05. 

Não há informações sobre o fuso horário da entrega. Temer passaria sua visão de como estava a situação política no Brasil na época. São opiniões sobre as eleições que ocorreriam em 2006, quando Lula foi reeleito.


Segundo os arquivos compilados sob o despacho “ Chefe do PMDB reafirma a posição do partido como intermediário de poder, mas nega prever resultado da corrida presidencial ”, Temer criticava a “ênfase excessiva nos programas sociais que não promovem o crescimento e o desenvolvimento econômico”. 

Outro documento diplomático publicado também pelo WikiLeaks e com data de 21 de junho de 2006 identifica o cônsul-geral da administração Bush como o interlocutor de Temer nestas reuniões.

Temer teria analisado cenários em que o PMDB poderia ganhar as eleições. Nos documentos, ele também fala sobre as diferenças entre Lula e Fernando Henrique Cardoso. Em uma das frases citadas no texto, Temer teria dito que “as classes C, D e E acreditam que Fernando Henrique roubou dos pobres e deu para os ricos. Já Lula roubou dos ricos para dar aos pobres”.

Temer sem dúvida não conhece a etimologia do adjetivo “pobre”, já que Lula mesmo confessou que nunca nenhum governo fez os banqueiros e empresários enriquecerem tanto. 

O próprio americano diz que, junto a políticas como o Bolsa Família, o salário mínimo e políticas assistencialistas, grande monopólios financeiros e banqueiros lucraram no governo Lula.

Os telegramas falam ainda sobre uma possível disputa entre um candidato do PMDB com Lula, caso não houvesse acordo entre os partidos. 

O nome de Anthony Garotinho teria sido cogitado neste momento, mas haveria uma resistência no PMDB. Germano Rigotto, na época governador do Rio Grande do Sul, e Nelson Jobim, ex-ministro da Defesa, também foram cogitados.

Em outro trecho do documento, Temer se negou a prever como ficaria a corrida eleitoral. Na ocasião, ele confirmou que o seu partido não apresentava candidatos à presidência e que o PMDB não seria aliado do PT e nem do PSDB, pelo menos até o segundo turno.

Temer disse que o PMDB elegeria, naquele ano, entre 10 e 15 governadores pelo país. 

O partido teria também as maiores bancadas no Senado e na Câmara dos Deputados. Sendo assim, o presidente que fosse eleito teria que se reportar ao PMDB para governar. “Quem quer que vença a eleição presidencial terá que vir até nós para fazer qualquer coisa”, disse Temer.



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