Documentos provam que Temer entregava informações do Brasil
aos EUA
8 de janeiro de 2017
Esquerda Diário
As transmissões dos arquivos teriam sido feitas no dia 11 de janeiro 2006
(quarta-feira), às 14h02 e no dia 21 de junho 2006 (quarta-feira), às 16h05.
Não há informações sobre o fuso horário da entrega. Temer passaria sua visão de
como estava a situação política no Brasil na época. São opiniões sobre as
eleições que ocorreriam em 2006, quando Lula foi reeleito.
Segundo os arquivos compilados sob o despacho “ Chefe do
PMDB reafirma a posição do partido como intermediário de poder, mas nega prever
resultado da corrida presidencial ”, Temer criticava a “ênfase excessiva nos
programas sociais que não promovem o crescimento e o desenvolvimento econômico”.
Outro documento diplomático publicado também pelo WikiLeaks e com data de 21 de
junho de 2006 identifica o cônsul-geral da administração Bush como o
interlocutor de Temer nestas reuniões.
Temer teria analisado cenários em que o PMDB poderia ganhar
as eleições. Nos documentos, ele também fala sobre as diferenças entre Lula e
Fernando Henrique Cardoso. Em uma das frases citadas no texto, Temer teria dito
que “as classes C, D e E acreditam que Fernando Henrique roubou dos pobres e
deu para os ricos. Já Lula roubou dos ricos para dar aos pobres”.
Temer sem dúvida não conhece a etimologia do adjetivo
“pobre”, já que Lula mesmo confessou que nunca nenhum governo fez os banqueiros
e empresários enriquecerem tanto.
O próprio americano diz que, junto a
políticas como o Bolsa Família, o salário mínimo e políticas assistencialistas,
grande monopólios financeiros e banqueiros lucraram no governo Lula.
Os telegramas falam ainda sobre uma possível disputa entre
um candidato do PMDB com Lula, caso não houvesse acordo entre os partidos.
O
nome de Anthony Garotinho teria sido cogitado neste momento, mas haveria uma
resistência no PMDB. Germano Rigotto, na época governador do Rio Grande do Sul,
e Nelson Jobim, ex-ministro da Defesa, também foram cogitados.
Em outro trecho do documento, Temer se negou a prever como
ficaria a corrida eleitoral. Na ocasião, ele confirmou que o seu partido não
apresentava candidatos à presidência e que o PMDB não seria aliado do PT e nem
do PSDB, pelo menos até o segundo turno.
Temer disse que o PMDB elegeria, naquele ano, entre 10 e 15
governadores pelo país.
O partido teria também as maiores bancadas no Senado e
na Câmara dos Deputados. Sendo assim, o presidente que fosse eleito teria que
se reportar ao PMDB para governar. “Quem quer que vença a eleição presidencial
terá que vir até nós para fazer qualquer coisa”, disse Temer.
Fonte: http://clickpolitica.com.br/
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