14/10 às 11h25 - Atualizada em 14/10 às 11h25
Itália envia militares para Letônia e irrita Rússia Militares vão compor destacamento da Otan no país
A ministra da Defesa da Itália, Roberta Pinotti, confirmou
nesta sexta-feira (14) que militares do país serão enviados para a Letônia para
compor uma coalizão da Otan.
A notícia desagradou à Rússia, mesmo a Itália
ressaltando que esta decisão não é nova e nem se trata de uma provocação a
Moscou. De acordo com Pinotti, o envio de soldados faz parte de uma
estratégia delineada na Cúpula de Varsóvia para reforçar a segurança nas
fronteiras do leste do continente.
"A Itália enviará nos próximos meses 140 soldados para
a Letônia para participar de uma força da Otan guiada pelo
Canadá", explicou o ministro das Relações Exteriores da Itália, Paolo
Gentiloni, em uma coletiva de imprensa com o secretário-geral da aliança
militar, Jens Stoltenberg. "A Itália sempre contribuiu com um
reforço defensivo em países do nordeste e da aliança atlântica".
O chanceler destacou que a decisão tinha sido tomada há
meses e negou que tenha relação com a escalada de tensão na Síria, onde a
Rússia atua como aliada do regime do ditador Bashar al-Assad. "O envio de
soldados não é uma política de agressão contra a Rússia, mas de reforço e
defesa das nossas fronteiras", comentou Gentiloni.
Mesmo assim, a Rússia reagiu ao anúncio. "A
política da Otan é destrutiva. A aliança está empenhada na construção de novas
linhas divisórias na Europa, em vez de aprofundar as boas e sólidas relações de
boa vizinhança", disse a ministra russa das Relações Exteriores, Maria
Zakharova.
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