General americano: Rússia sempre pega EUA de surpresa
AMÉRICAS 12:44 15.10.2016(atualizado 12:53 15.10.2016)
AMÉRICAS 12:44 15.10.2016(atualizado 12:53 15.10.2016)
Comandante do Exército dos EUA na Europa general Ben Hodges
declarou que os militares e líderes políticos americanos têm avaliado sempre de
modo errado as intenções da Rússia na arena internacional.
Segundo ele, os EUA eram "demasiado optimistas" em relação à Rússia.
Segundo ele, os EUA eram "demasiado optimistas" em relação à Rússia.
"Acho que éramos demasiado optimistas. Talvez avaliássemos erroneamente
algumas coisas, mas é que nossa atenção esteve focada no Iraque e no
Afeganistão nos últimos 15 anos. Descuramos.", disse ele em uma entrevista
ao Sunday Times.
Do ponto de vista do general, houve um momento em que os EUA deram um passo
precipitado, retirando da Europa dezenas de milhares de soldados e muito
armamento. Hodges disse que foi pego de surpresa "com todos os passos
militares dados pela Rússia". Ele considera como esses passos "as
invasões da Geórgia, do leste da Ucrânia e da Crimeia" e a operação na
Síria.
AFP 2016/ PETRAS MALUKAS
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Rússia e EUA
Como "invasão na Geórgia" Hodges entende o
conflito na Ossétia do Sul em 2008, agravado depois de a capital da Ossétia do
Sul, Tskhinval, ter sofrido grandes ataques georgianos. Depois disso, a Rússia
lançou uma operação para impor a paz e enviou para a Ossétia do Sul tropas
adicionais.
Quanto à "invasão no leste da Ucrânia," Moscou tem repetidamente
negado todas as acusações de que forças russas supostamente tenham
participado do conflito em Donbass e apoiado as milícias locais.
SPUTNIK/ DMITRI VINOGRADOV
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A
Crimeia, por sua vez, se tornou uma parte da Rússia após o golpe na Ucrânia e
como resultado de um referendo, em que a grande maioria dos moradores votou a
favor da reunificação da península com a Federação da Rússia.
Hodges também disse que não exclui a possibilidade de invasão pela Rússia de um
dos Países Bálticos. Anteriormente Hodges já tinha feito declarações
semelhantes. No início do verão, em uma entrevista ao jornal Die Zeit, ele
disse que a Rússia poderia conquistar os Países Bálticos em 36-60 horas.
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