STF deve decretar Prisão de Sergio Moro Por usurpar o poder
Superior
Admin08/07/2016
13:58
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo
Lewandowski, enviou nesta quinta-feira um ofício ao juiz Sergio Moro pedindo
esclarecimentos sobre a sua decisão de ter autorizado e retirado o sigilo das
conversas gravadas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com autoridades
que têm foro privilegiado. A decisão dá um prazo de 48 horas para que o juiz
federal que conduz a Lava Jato em primeira instância, em Curitiba, se
manifeste.
A ação é derivada de uma reclamação protocolada pela defesa
de Lula, na terça-feira, que contesta o uso dos grampos, alegando que houve
usurpação de competência da parte de Moro. A ação se refere especificamente aos
diálogos de Lula com o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), os deputados José
Guimarães (PT-CE), Paulo Teixeira (PT-SP), Wadih Damous (PT-RJ) e o ministro do
Tribunal de Contas da União (TCU) José Múcio Monteiro. Outras autoridades que
detinham foro na época também aparecem nos grampos, como os então ministros
Jaques Wagner (Casa Civil), Edinho Silva (Comunicação Social) e Nelson Barbosa
(Fazenda).
"Mostra-se de rigor a concessão da medida liminar para
que este Supremo Tribunal Federal avoque, novamente, todos os procedimentos
conexos ao pedido de quebra de sigilo (...) suspendendo-se, por consequência, o
curso de tais procedimentos relacionados, bem como de quaisquer outros munidos
com o conteúdo das interceptações em tela\", disseram os advogados.
Segundo a assessoria do STF, o pedido de informações é uma
prática comum em processos do gênero e é uma forma de conceder amplo direito ao
contraditório. O relator de todos os processos relacionados à Lava Jato é o
ministro Teori Zavascki. Mas, como a corte está em período de férias coletivas,
quem fica encarregado das questões que chegam ao tribunal é o ministro de
plantão - no caso, Lewandowski.
Caso Ricardo Lewandowski resolva anular todas as
interceptações telefônicas feitas na investigação contra Lula, isso não terá
efeito na denúncia que o Ministério Público Federal prepara contra o
ex-presidente.
Os grampos não foram usados pela Lava Jato para instruir
qualquer processo. Nenhum pedido cautelar, sejam buscas e apreensões, a quebra
de sigilo bancário e a condução coercitiva dele, nada foi feito com base nas
gravações.
Como os grampos subiram logo para o Supremo, após sua
divulgação, não houve tempo para usá-los. A defesa de Lula pode até conseguir
anular as interceptações, mas não poderá usar isso para invalidar a
investigação.
Não adiantou nada a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma reclamação com pedido
para que sejam anulados os grampos produzidos pelo juiz Sergio Moro em
processos que investigam o petista na Operação Lava Jato.
Os procuradores da Lava Jato armaram um engodo para a defesa
de Lula, que podem até conseguir a anulação das provas, mas jamais conseguirão
anular o processo.
Enquanto a defesa de Lula esta vindo, os procuradores
e o juiz da Lava Jato já estão voltando.
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