Mais um deputado golpista é cassado por corrupção
Wladimir Costa (SDD-PA) é acusado de praticar caixa dois;
ele foi também deputado que mais faltou em 2015
Postado por Agência PT, em 9 de julho de 2016 às 10:26:59
O deputado federal Wladimir Costa (Solidaridade)
vestia a bandeira do Pará e soltou um rojão de confetes ao votar pelo
impeachment ilegítimo da presidenta Dilma Rousseff no dia 17 de abril. Quase dois meses depois, ele será cassado
por fazer caixa dois em sua campanha e entra para a lista de golpistas
afastados.
Costa foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará
(TRE-PA) porque não prestou contas dos gastos em sua campanha e não informou a
origem dos recursos.
No processo, o procurador regional eleitoral Bruno Valente
argumenta que omissões na prestação de contas impedem a verificação da
regularidade da campanha de 2014. “Demonstram total desprezo com a demonstração
de regularidade e, consequentemente, sem comprovação da origem dos recursos
arrecadados”.
Em seu quarto mandato na Câmara dos Deputados, Costa é
investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), desde 2010, por abrigar
funcionários fantasma em seu gabinete.
Em 2015, foi o parlamentar que mais faltou nas sessões. De
um total de 125 sessões, o deputado faltou 105.
Costa também ficou famoso, em janeiro de 2016, quando
a Justiça bloqueou seus bens. Ele é acusado de
desviar recursos públicos a partir de um convênio fechado entre sua ONG e a Secretaria de Estado de
Esporte e Lazer (Seel).
Daiane Coelho/Levante Popular da Juventude)
Pedidos atendidos com sucesso
Ao votar, Costa gritava pelo fim da corrupção e foi cassado
por caixa dois. Ele não foi o único que teve seu desejo de acabar com a
corrupção realizado.
A deputada federal Raquel Muniz (PSD-MG)
dedicou o voto “sim” ao marido. “O meu voto é para dizer que o Brasil tem jeito
e o prefeito de Montes Claros mostra isso a todos nós com sua gestão”. No dia
seguinte à votação, o homenageado prefeito Ruy
Adriano Borgez Muniz, marido de Raquel, foi preso pela Polícia Federal.
Nesta lista está o deputado federal Caio Nárcio (PSDB-MG). Na
Câmara, votou pelo afastamento da presidenta e justificou: “Por um Brasil
‘aonde’ meu pai e meu avô diziam que decência e honestidade não ‘era’
possibilidade, era obrigação (…) Verás que um filho teu não foge à luta”,
afirmou, com uma bandeira do Brasil nas costas. Seu pai, Narcio Rodrigues, ex-deputado
federal (PSDB-MG) e ex-secretário de Ciência e Tecnologia no governo de Antonio Anastasia, relator do impeachment de Dilma
Rousseff no Senado, também foi preso em Belo Horizonte.
Da Redação da Agência PT de Notícias
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