Proibição de entrada de Obama e muçulmanos a loja causa
indignação nos EUA
(Arquivo) O presidente americano, Barack Obama, na Casa
Branca, em Washington D.C., no dia 15 de julho de 2016 -
AFP/Arquivos
AFP 03.01.17 - 20h39
“Obama e outros muçulmanos não são bem-vindos aqui”, diz o
aviso na entrada de um mercado no sul dos Estados Unidos, que causou grande
indignação em todo o país.
O dono da loja, situada na pequena cidade de Mayhill (estado
do Novo México), já estaria colocando essas placas há quatro anos. Agora,
chamou a atenção de um viajante, que alertou uma rede de televisão local.
Um ex-funcionário do estabelecimento disse à emissora KOB
que seu antigo chefe já expulsou clientes que se mostraram ofendidos com a
mensagem.
“Isso já tem um bom tempo”, contou Marlon McWilliams.
“Se você entra e se ofende, não pode entrar de novo. Já
proibiu a entrada de muita gente”, completou.
McWilliams explicou que o dono do mercado dessa cidade
chegou a vender cartazes contra o presidente Obama e contra outras figuras
públicas.
Um deles dizia “Matem Obama” em letras garrafais e com a
palavra “care” em tamanho menor logo abaixo.
“Obamacare” é o nome que recebe a reforma de Saúde
promulgada por Obama, que deu cobertura médica a 20 milhões de americanos e que
foi fortemente criticada pelo presidente eleito Donald Trump.
Essas mensagens polêmicas foram criticadas nas redes
sociais, com muitos cidadãos, convocando um boicote à loja. Outros defenderam o
direito à liberdade de expressão do dono desse comércio.
O dono da loja, que agora está à venda, não pôde ser
contactado para dar sua versão.
Consultados pela AFP, funcionários de um hotel e de um café
próximos preferiram não comentar o assunto.
O CAIR, uma organização de defesa dos muçulmanos nos Estados
Unidos, pediu ao dono do estabelecimento que retirasse as placas.
“Embora todos tenham o direito pela Primeira Emenda [da
Constituição] à liberdade de expressão, mesmo que seja ofensivo, exortamos ao
dono que retire as placas pela decência comum e a unidade da nossa nação em um
momento de divisões crescentes”, afirmou o porta-voz do CAIR, Ibrahim Hooper.
Fonte: http://www.terra.com.br/
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