FÁTIMA: “APÓS UM ANO DE GOLPE, O QUE VEMOS É SÓ RETROCESSO”
No dia em que completa um ano que um grupo liderado pelo
peemedebista Michel Temer tomou o poder da presidenta legitimamente eleita
Dilma Rousseff, a senadora Fátima Bezerra (PT) destacou no Plenário, nesta
quinta-feira (31), que o Brasil vivencia um verdadeiro desmonte do Estado –
esse é o resultado do golpe parlamentar;
"Os resultados de um ano de golpe
são catastróficos, especialmente para mais de 15 milhões de brasileiros que
estão desempregados.
Prometeram uma ponte para o futuro, mas estão, na verdade,
é entregando uma ponte para o passado, para um passado de absoluta exclusão
social", enfatizou
31 DE AGOSTO DE 2017 ÀS 19:26
247 - No dia em que completa um ano que um grupo
liderado pelo pemedebista Michel Temer tomou o poder da presidenta
legitimamente eleita Dilma Rousseff, a senadora Fátima Bezerra destacou no
Plenário, nesta quinta-feira (31), que o Brasil vivencia um verdadeiro desmonte
do Estado – esse é o resultado do golpe parlamentar.
Fátima citou, como
exemplo, a Emenda Constitucional 95, que congelou os investimentos por 20 anos;
a alteração do marco regulatório do pré-sal; o enfraquecimento da indústria
nacional, privatizações do patrimônio nacional, a destruição dos direitos
trabalhistas e das políticas públicas que garantiam vida digna para a
população.
"Os resultados de um ano de golpe são catastróficos,
especialmente para mais de 15 milhões de brasileiros que estão desempregados.
Prometeram uma ponte para o futuro, mas estão, na verdade, é entregando uma
ponte para o passado, para um passado de absoluta exclusão social",
enfatizou.
Fátima lembrou que, há exatamente um ano, em discurso à
Nação, a Presidenta Dilma Rousseff previu alguns retrocessos que o país teria
com seu impeachment.
"Na ocasião, Dilma afirmou: 'O golpe é contra os
movimentos sociais e sindicais e contra os que lutam por direitos em todas as
suas acepções:
direito ao trabalho e à proteção de leis trabalhistas; direito a
uma aposentadoria justa; direito à moradia e à terra; direito à educação, à
saúde e à cultura; direito aos jovens de protagonizarem sua história; direitos
dos negros, dos indígenas, da população LGBT, das mulheres; direito de se
manifestar
sem ser reprimido'.
Infelizmente, este governo que aí está faz
questão de confirmar todas as previsões da presidenta Dilma".
Para a parlamentar, a principal área afetada com o
impeachment de Dilma foi a de educação.
Entre os retrocessos destacados pela senadora
estão a intervenção no Conselho Nacional De Educação; a desconstrução do Fórum
Nacional de Educação e da Conae -2018; redução de Vagas do Fies; cortes no
Orçamento das Instituições Federais de Ensino; reforma do ensino médio e
desvalorização do Plano Nacional de Educação.
"A educação, assim como aconteceu na época da ditadura
militar, é uma das políticas públicas mais afetadas.
Nós temos hoje uma coleção
de ataques, de retrocessos que atingiram profundamente o esforço que estava
sendo feito neste País para avançarmos, do ponto de vista de expansão e do
fortalecimento das universidades, da educação profissional e tecnológica, da
educação básica, da valorização dos profissionais da educação", afirmou
Fátima Bezerra.
"Em um ano apenas, a educação vive um dos momentos mais
críticos, mais dramáticos da sua história.
As nossas universidades e os nossos
institutos federais estão asfixiados porque não têm, sequer, a garantia de que
terão verbas para pagar seu custeio até o final do ano.
Investimentos, então, nem
se fala", lamentou.
Antes de concluir seu pronunciamento, Fátima chamou a
atenção para a necessidade de mobilizações sociais e populares para trazer de
volta a democracia e a soberania popular.
Ela destacou que a Caravana do
ex-presidente lula pelo Nordeste, acompanhada por ela em boa parte dos estados,
mostrou que o povo ainda tem esperança que o Brasil volte a ser um país justo,
como era na época dos governos do PT.
" A caravana, por onde passa, está
simplesmente irradiando fé e incentivando a luta para a construção de um novo
amanhã para o Brasil.
Mais uma vez, quero parabenizar o meu Rio Grande do
Norte, o Seridó, a região oeste e todo o povo potiguar, bem como Mossoró,
Currais Novos e todas as outras cidades, pela bela mobilização que fizeram.
Continuaremos aqui, a postos, lutando para trazer de volta a democracia".
Fonte: https://www.brasil247.com/