Nasa abre vaga para 'protetor da Terra' contra ameaça de
aliens com salário de até R$ 580 mil ao ano
Funcionário zelará para que espaçonaves retornando à Terra
não tragam contaminação alienígena - e que humanos não contaminem outros
planetas.
Por BBC
03/08/2017 09h46 Atualizado há 15 horas
A Terra tem uma proteção natural - como um tipo
de aurora -
mas a Nasa está contratando o seu
próprio protetor (Foto: ESA)
Agência espacial americana Nasa está buscando um novo
"protetor planetário" com a tarefa de defender a Terra contra ameaças
de alienígenas.
Mais especificamente, a principal preocupação do trabalho é
evitar a "contaminação biológica da exploração espacial por homens e
robôs".
Isto se aplica tanto às espaçonaves retornando à Terra
quanto ao risco de que humanos contaminem outros planetas.
Junto com o inspirador título do emprego, a posição vem com
um bom salário, na faixa anual de US$ 124 mil a US$ 187 mil (R$ 386 mil a R$
582 mil).
As vagas foram abertas a cidadãos americanos em julho e as
pessoas podem se candidatar até meados de agosto. Mas o anúncio do emprego
vinha passando em brancas nuvens até chamar a atenção, e a imaginação, de
veículos de imprensa dos EUA.
A ideia nem é tão nova assim.
O acordo internacional da ONU
sobre exploração espacial, assinado em 1967, pedia que as potenciais nações
espaciais tomassem cuidado com contaminantes.
Entre os objetivos do Escritório de Proteção Planetária da
Nasa, está o de manter outros mundos "em seu estado natural" e
"tomar precauções para proteger a biosfera da Terra no caso de existir
vida em outros lugares".
A ideia de contaminação indesejada por alienígenas é bem
comum nos livros de ficção científica.
A atual ocupante do cargo, Catharine Conley, disse ao New
York Times em 2015 que ganhou óculos escuros no estilo da série de filmes dos
Homens de Preto em seu primeiro dia no trabalho, mas que a principal ameaça
são, na verdade, os humanos.
"Se estamos buscando vida em Marte, seria meio chato
levar vida da Terra para lá e acabar encontrando isso (no planeta)", disse
ao jornal americano.
As grandes responsabilidades podem explicar o salário
generoso - mas as qualificações exigidas são complexas.
Além de ter um "conhecimento avançado sobre proteção do
planeta", o candidato precisa ter experiência em "programas espaciais
de importância nacional".
Também pedem formação em física, engenharia ou
matemática.
E o trabalho exige que o candidato seja habilitado a trabalhar sob
o mais alto nível de sigilo.
A Nasa leva a proteção planetária tão a sério que está se
preparando para destruir a nave Cassini, que orbita Saturno - para que ela não
se choque e contamine outro planeta depois de sua missão.
Foi o mesmo que fez com a Gallileo, que orbitou Júpiter até
2003.
Recentemente a questão da limpeza e descontaminação de
aeronaves espaciais veio à tona quando o vice-presidente americano, Mike Pence,
encostou em uma peça de equipamento da Nasa apesar do grande aviso de "não
toque".
A peça seria usada na nave Orion, que está em construção.
Depois da gafe, a Nasa garantiu que a superfície da peça seria rigorosamente limpada.
Fonte: http://g1.globo.com/
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