Organizador de atos contra Dilma é preso por formação de
quadrilha no Pará
1 day ago 09/08/2017
Organizador de atos contra Dilma na região de Santarém no Pará.
No Quarto Poder
O vereador Reginaldo Campos (PSC) foi preso na manhã desta
segunda-feira (7), durante uma operação deflagrada pela Polícia Civil e o Grupo
de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério
Público do Estado (MPE).
O vereador foi preso em sua residência, no condomínio
Tapajós, bairro Elcione Barbalho, em Santarém, no oeste do Pará.
A operação denominada “Operação Perfuga”, que no latim
significa “o desertor” no sentido de “que ou aquele que abandona suas
convicções, sua religião, seu compromisso ou a causa de que era defensor”,
envolve dezenas de policiais civis e membros do MPE.
A operação foi batizada
com este nome porque os são investigados funcionários públicos que firmaram o
compromisso de bem servir a sociedade, porém abandonaram esse mister, passando
a agir em interesse estritamente particular.
O inquérito policial apura crimes de peculato, falsificação
de documento público, corrupção e associação criminosa.
O caso envolve o
vereador Reginaldo Campos (PSC), na época em que ele era o presidente da Câmara
de Vereadores de Santarém, no oeste do Pará.
Todos os envolvidos até o momento na operação.
Vereador Reginaldo Campos Sarah Campinas
Técnica em Enfermagem Samuel Fernandes
Assessor Reginaldo José Carlos Lima
Assessor Ezequiel Aquino
Advogado Wilson Lisboa
Advogado Ardilene Lisboa
esposa de Wilson Lisboa Maria do Socorro do Rosário
As investigações, que envolvem, além do vereador Reginaldo
Campos, a técnica em enfermagem Sarah Campinas dos Santos, começaram em
fevereiro
deste ano.
A polícia está cumprindo dois mandados de prisão preventiva,
seis mandados de prisão temporária, cinco conduções coercitivas e 25 mandados
de busca e apreensão.
De acordo com informações repassadas pela Superintendência
da Polícia Civil, entre as buscas estão a sede da Câmara Municipal de Santarém
e a sede da Sespa em Santarém, e ainda em uma sala do Hospital Regional, onde
funciona o setor de regulação da Sespa.
Estima-se que o prejuízo aos cofres públicos seja de
aproximadamente R$ 1.000.000,00.
Ainda segundo essas informações, pessoas procuravam o
Vereador Reginaldo Campos para solicitar a facilitação de agendamentos de
consultas e exames, essas demandas eram repassadas para a técnica em
enfermagem, servidora pública que exercia suas funções no regulação da Sespa, a
qual providenciava o efetivo agendamento através dos outros servidores do
setor.
A servidora da Sespa Sarah Campinas, que recebia as demandas
repassadas pelo vereador Reginaldo Campos também recebia remuneração mensal da
Câmara dos Vereadores, sem a devida contra prestação do serviço público.
No decorrer das investigações, foram identificadas outras
pessoas que também eram servidores “fantasmas”, ou seja, recebiam remuneração
sem a devida contra prestação do serviço público, tendo entre os servidores
fantasmas advogados e pessoas ligadas a lideranças de bairro ou líderes
religiosos.
Outros servidores da Câmara também concorreram para a
prática de crimes de peculato, e tentaram prejudicar as investigações
falsificando documentos e prestando informações falsas, além de autorizarem e
efetivamente procederem as contratações e pagamentos dos servidores
“fantasmas”, mesmo tendo conhecimento que não estava ocorrendo a contra
prestação do serviço público.
Com informações da Polícia Civil.
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