Fachin atende a pedido de Rodrigo Maia e adia depoimento à
Polícia Federal
Depoimento estava previsto para o próximo dia 8 de agosto.
Inquérito foi aberto após delações de ex-executivos Odebrecht; não há nova data
prevista por enquanto.
Por Mariana Oliveira, TV Globo, Brasília
05/08/2017 18h37 Atualizado há 4 horas
Imagem mostra o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), durante sessão do plenário (Foto: Alex Ferreira/
Câmara dos
Deputados)
O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal
(STF), atendeu a pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), e adiou o depoimento dele que estava marcado pela Polícia Federal
para a próxima terça-feira (8).
O depoimento seria prestado em um inquérito aberto após as delações
de ex-executivos da construtora Odebrecht no âmbito da Operação Lava
Jato.
Não há nova data por enquanto.
Segundo delatores, Maia e outros parlamentares receberam
dinheiro para atuar a favor da empresa em uma medida provisória de 2013 sobre
incentivos tributários a produtores de etanol e à indústria quimica.
Assim que as delações se tornaram públicas, Rodrigo Maia
afirmou que confia na Justiça e confiará sempre.
O presidente da Câmara também
declarou à época que as citações de delatores são falsas e os inquéritos, na
avaliação dele, serão arquivados.
São investigados no mesmo inquérito o deputado Lúcio Vieira
Lima (PMDB-BA), os senadores Romero Jucá (PMDB-RR), Renan Calheiros (PMDB-AL) e
Eunício Oliveira (PMDB-CE).
Todos negam ter cometido irregularidades.
Além do adiamento do depoimento, Maia também pediu ao STF
para ser investigado sozinho no inquérito.
A decisão de Fachin
Na decisão, o ministro Edson Fachin informou já ter pedido à
Procuradoria Geral da República manifestação sobre se o caso deve continuar ou
não na Lava Jato, ou seja, se há ou não relação com desvios na Petrobras.
Se
não houver conexão, o caso deverá sair das mãos de Fachin e haverá sorteio de
um novo relator.
Por isso, Fachin considerou, por cautela, suspender o
depoimento, uma vez que, se mudar de relator, caberá a ele avaliar o pedido
para ser investigado sozinho e sobre a continuidade das investigações.
O ministro também destacou que, como pediu para a Polícia
Federal remeter o inquérito para que seja definida a questão da relatoria e
como está vencido o prazo concedido para a investigação, não seria adequado a
coleta do depoimento neste momento.
"Desse modo, por ora, determino o acautelamento da
presente petição até o retorno do inquérito da Procuradoria-Geral da República,
inclusive porque, como frisado, poderá vir a ocorrer a redistribuição do feito,
competindo, se for o caso, ao novo relator o exame de questões pendentes.
Com
relação à pretensão de suspensão da alegada oitiva designada para o próximo dia
8 do corrente mês, de fato, emerge prudente que a autoridade policial não
realize atos de investigação quando os autos foram requisitados e já expirado o
prazo inicialmente deferido", decidiu o ministro.
Fonte: http://globo.com/
AGRADEÇO A TODOS
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