POSTURA LAMENTÁVEL DOS MAGISTRADOS! Juízes e MP dizem que
decisão do STF de barrar aumentos é “intolerável” e “inadmissível”
10 de agosto de 2017
Do Jota:
A Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público
(Frentas) – que reúne careca de 40 mil juízes e membros do MP – divulgou nota,
nesta quinta-feira (10/8), na qual considera “equivocada” e “intolerável” a
decisão do Supremo Tribunal Federal que aprovou o orçamento da Corte para 2018
sem a previsão de reajuste.
Por oito votos a três, os ministros seguiram o voto da
presidente Cármen Lúcia, e decidiram vetar o reajuste dos subsídios. Atualmente
em R$ 33.763,00, o salário dos ministros do STF é o teto do salário do servidor
público e serve como base para os outros poderes.
“Magistrados e membros do Ministério Público entendem que a
avaliação da Suprema Corte é equivocada e coloca sob as costas das categorias o
peso da crise instalada no País”, diz trecho da nota.
“Com tal decisão – ressalta a manifestação – a Suprema Corte
descumpre a regra do art. 103, caput, da LDO/2017 (Lei 13.408/2016)” e
“contraria, incoerentemente, decisão unânime do mesmo colegiado que, em 2015,
aprovara a remessa do referido PLC n. 27/2016”, afirmou a associação.
O orçamento da Corte em 2018 será de R$ 708 milhões, 3,1% a
mais que o deste ano, de R$ 686,2 milhões.
Leia trecho da nota:
“Magistrados e membros do Ministério Público entendem que a
avaliação da Suprema Corte é equivocada e coloca sob as costas das categorias o
peso da crise instalada no País.
Vale reforçar, a propósito, que a
Magistratura, tal como o Ministério Público, experimenta um congelamento de
seus vencimentos desde 2015, não havendo qualquer previsão orçamentária que
contemple reajustes para os próximos anos.
Em contrapartida, outras diversas
carreiras de Estado do serviço público federal perceberam aumentos
remuneratórios no período de 2016/2017.
É intolerável que em relação à Magistratura e aos membros do
Ministério Público não haja respeito do comando constitucional inserido no art.
37, X, enquanto tantas outras categorias não são chamadas a assumir semelhante
ônus e se multiplicam, em paralelo, diversos benefícios e renúncias fiscais
pelo governo federal, em absoluto descompasso com o discurso de crise
econômica.
E é tanto mais inadmissível quando se sabe que, com os
devidos cortes e remanejamentos, o cumprimento da regra constitucional da
revisão anual – negada à Magistratura desde 2015 – não representaria real
aumento de gastos no âmbito do Poder Judiciário, amoldando-se perfeitamente aos
limites da EC n. 95/2016 (teto de gastos).
Ao fim e ao cabo, a Magistratura e o Ministério Público, que
tanto vêm lutando para corrigir os rumos desse País, inclusive em aspectos de
moralidade pública, estão sofrendo as consequências de sua atuação imparcial,
com a decisiva colaboração do Supremo Tribunal Federal, ao desautorizar o
seguimento de projeto de lei por ele mesmo chancelado e encaminhado em 2015”.
Fonte: http://clickpolitica.com.br/
Claro, podem cortar do salário mínimo mas destes super salários não tiram um único centavos, muita gente trabalhando duro pra ganhar pouco e eles nem trabalhando ganhando muito isso sim que é inadmissível.
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