PROJETO BRASIL NAÇÃO
Manifesto Eleição sem Lula é Fraude tem 115 mil assinaturas
e adesão de artistas
Iniciativa do Projeto Brasil Nação recebe apoio de Wagner
Moura, Marieta Severo, Kleber Mendonça, Mario Prata e tenta alcançar 150 mil
adesões
TVT/FACEBOOK/GLOBO-DIVULGAÇÃO/RICARDO STUCKERT/REPRODUÇÕES
Golpe foi denunciado em Cannes em 2016 pela equipe de
'Aquarius', de Kleber Mendonça (óculos escuros). Ele, Moura e Marieta Severo
estão entre apoiadores do documento como Chico Buarque, Amorim, Raduan Nassar e
Konder Comparato
São Paulo – O manifesto “Eleição sem Lula é Fraude” se
aproximou das 115 mil assinaturas às 17h desta quarta-feira (3).
O ator Wagner
Moura, a atriz Marieta Severo, os diretores de cinema Kleber Mendonça e Sergio
Machado, o escritor Mario Prata, o teatrólogo Amir Haddad, a psicanalista e
fundadora do Instituto Augusto Boal Cecília Boal aderiram nesta semana ao
documento, que denuncia a perseguição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, defende eleições livres e a democracia no Brasil.
O manifesto foi lançado no final do ano pelo economista Luiz
Carlos Bresser Pereira, o diplomata Celso Amorim, o cantor Chico Buarque, os
escritores Raduan Nassar e Milton Hatoum, a socióloga Maria Victoria Benevides,
o jurista Fábio Konder Comparato, a jornalista Hildegard Angel e o líder do
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Teto (MST) João Pedro Stédile como uma
iniciativa do Projeto Brasil Nação.
“A trama de impedir a candidatura do Lula
vale tudo:
condenação no tribunal de
Porto Alegre, instituição do semiparlamentarismo e até adiar as eleições.
Nenhuma das ações elencadas está fora de cogitação. Compõem o arsenal de
maldades de forças políticas que não prezam a democracia”, diz o texto.
O manifesto ganha adesões de intelectuais e líderes mundiais preocupados com o
quadro político no país e a perseguição ao ex-presidente Lula, como a
australiana Sharan Biurrow, presidenta da Confederação Internacional
de Sindicatos de Trabalhadores (Ituc) – que representa 170 milhões de pessoas
em 155 países –, o ex-diretor executivo Abdrew Whitle, da
The Elders (do inglês Os Anciãos, organização fundada em 2007 por Nelson
Mandela), que reúne líderes globais e ex-chefes de Estado e o professor
emérito da Universidade Jawaharlal Nehru de Nova Déli,
o indiano Deepak Nayyar,
Da Europa, aderiram Heidemarie Wieczorek-Zeul, ex-ministra
da Cooperação para o Desenvolvimento da Alemanha; Stefan Rinke, professor do
Instituto de Estudos da América Latina da Universidade de Berlim; Inês
Oliveira, cineasta (Portugal); Maria Luís Rocha Pinto, professora-associada da
Universidade de Aveiro (Portugal); Filipe do Carmo, pesquisador, Faculdade de
Letras da Universidade de Lisboa (Portugal); Pedro de Souza, pesquisador e
editor (Portugal).
Na França, o manifesto circula nos principais centros de conhecimento, com a
adesão de Luc Boltanski, sociólogo, diretor de honorário da Escola de Altos
Estudos em Ciências Sociais (EHESS); Francine Muel-Dreyfus, socióloga, diretora
honorária da EHESS; Gisèle Sapiro, socióloga, diretora de estudos da EHESS; Héctor
Guillén Romo, professor de economia da Universidade Paris; Jean-Yves Mollier,
professor emérito do Centro de História Cultural das Sociedades Contemporâneas
da Universidade de Versalhes; Michel Pialoux, sociólogo, professor aposentado e
membro do Centro Europeu de Sociologia e Ciência Política (CESSP) na
Universidade de Paris; Monique de Saint Martin, socióloga, diretora honorária
da EHESS; Paul Pasquali, sociólogo, pesquisador do Centro Nacional da
Pesquisa Científicado (CNRS, um espécie de CNPq da França); Rose-Marie Lagrave,
socióloga, diretora honorária da EHESS; Pierre Salama, professor emérito da
Universidade de Paris; Roger Chartier, diretor de estudos da EHESS e professor
do secular tradicional centro universitário
Colégio de França.
Na América Latina, estão entre os novos signatários Monika Meirelles, do
Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade Nacional do Méxio; Juan
Arturo Guillén Romo, professor e pesquisador da Universidade Autônoma
Metropolitana (UAM, México); Pablo Edgardo Martínez Sameck, professor titular
de sociologia da Universidade de Buenos Aires.
No Uruguai, aderiu ao manifesto um grupo de artistas
reconhecidos da cultura uruguaia, formado pelos atores do Teatro El
Galpón Jorge Bolani, Julio Calcagno, Myriam Gleijer, Héctor Guido, Solange
Tenreiro, Silvia García, Pierino Zorzini, Dante Alfonzo, Elizabeth Vignoli e
Anael Bazterrica, os produtores Laura Pouso e Gustavo Zidan, o escritor Atilio
Perez da Cunha, os diretores de teatro Jorge Denevi e Dervy Vilas e os músicos Eduardo
Larbanois e Mario Carrero.
Dos Estados Unidos, assinam Robert DuPlessis. professor emérito de História da
Faculdade de Swarthmore (Filadélfia); Ronald H. Chilcote, professor de economia
política da Universidade da Califórnia; Santiago Barassi, sociólogo da
Universidade de Buenos Aires; Sean Mitchell, fundador e presidente da Sociedade
Wojtyla; Michael D. Kennedy, professor de Sociologia e Relações Internacionais
da Universidade Universidade Brown (Rhode Island); e Cyrus Bina, do periódico
acadêmico Estudos Críticos de
Mercado e Sociedade.
Repercussão mundial
Lançado em 19 de dezembro, o manifesto ganhou a adesão da
ex-presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, o historiador inglês Peter
Burke, o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos, a escritora portuguesa
e presidenta da Fundação José Saramago, Pilar del Rio, do linguista e filósofo
norte-americano Noam Chomsky, do prêmio Nobel (1980) da Paz Adolfo Pérez
Esquivel e do ex-ministro das Finanças da Grécia Yánis Varoufákis.
A carta ganhou a assinatura de figuras reconhecidas no
Brasil, com a adesão do teólogo Leonardo Boff, do economista Luiz Gonzaga
Belluzzo, da sambista Beth Carvalho, das atrizes Bete Mendes, Silvia Buarque e
Soraya Ravenle, do cartunista Renato Aroeira, dos cineastas Silvio Tendler e
Walter Lima Júnior, do artista plástico Ernesto Neto.
Da cena política brasileira aderiram nome como Manoela
D´Ávila, deputada estadual do PCdoB-RS; Guilherme Boulos, coordenador do
MTST e da Frente Povo Sem Medo; Vagner Freitas, presidente da CUT; João Carlos
Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical; Edson Carneiro Índio,
secretário-geral da Intersindical; Raimundo Bonfim, da Central de Movimentos
Populares (CMP) e da Frente Brasil Popular; e Nalu Faria, da Marcha
Mundial das
Mulheres.
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) marcou para
o dia 24 de janeiro o julgamento do Lula na Operação Lava Jato no caso do
triplex do Guarujá.
Os signatários do manifesto denunciam que “a tentativa de
marcar em tempo recorde para o dia 24 de janeiro a data do julgamento em
segunda instância do processo de Lula nada tem de legalidade.
Trata-se de um
puro ato de perseguição da liderança política mais popular do país”.
Para ler (também com versões em inglês, francês, espanhol e
árabe) e assinar o manifesto, acesse aqui o link.
Com informações do Projeto Brasil Nação
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