EXCLUSIVO: Via WhatsApp, a ação de Aécio na votação do
Senado
VEJA.com robsonbonin
4 horas atrás 19/10/2017
© Foto: Cristiano Mariz/VEJA/Divulgação O registro da
conversa de celular entre Antonio Anastasia e Aécio Neves, momentos antes da
votação no Senado que livrou o tucano na última terça-feira
Na última terça-feira, o Senado enfrentou uma das
mais controversas sessões de sua história. Em raro momento de constrangimento, os senadores se reuniram para livrar o senador Aécio
Neves (PSDB-MG) das medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal
Federal (STF).
Afastado do mandato e proibido de sair à noite pela Primeira
Turma do Supremo, o tucano permaneceu durante todo o dia recolhido em sua
mansão no
Lago Sul.
Por celular, no entanto, ele recomendou a linha de discurso
que um de seus aliados deveria seguir na tribuna, antes de a Casa decidir seu
futuro no voto.
É o que revela uma sequência de imagens captadas pelo
fotógrafo Cristiano Mariz, de VEJA.
Nas fotos, o senador mineiro, Antonio
Anastasia, é flagrado conversando pelo WhatsApp com Aécio Neves minutos antes
da votação.
O presidente afastado do PSDB parece ansioso enquanto orienta o
fiel escudeiro. “Quem vai falar?”, questiona Aécio.
“Sei que Telmário e eu.
Mais dois”, diz Anastasia.
Aécio está preocupado em deixar evidente no discurso dos
aliados o “direito” de poder se defender como senador das acusações
apresentadas pela Procuradoria-Geral da República.
“Importante vc repetir
aquele discurso. Por favor. Direito de Defesa”, escreve Aécio ao aliado.
Companheiro aplicado, Anastasia responde com um breve “Ok” e relata a Aécio
como será a votação:
“O Tasso [Jereissati] vai falar. O Telmário também.
São só
cinco fé (provável erro de digitação) cada lado”. Aécio passa outra orientação:
“Faz uma defesa mesmo que rápida da minha trajetória. Se puder Rs”, diz.
Antonio Anastasia seguiu o plano à risca e atacou a decisão
do Supremo lembrando o “direito de defesa”:
“No caso concreto do senador Aécio
Neves, nós estamos diante de um processo em que já há denúncia aceita e em que
a defesa está completa, no âmbito do processo?
Em que todo o processo penal
está já concluído, em andamento, e já com a defesa formalizada? Ainda não. Nós
estamos ainda numa fase inaugural, preambular, inicial do processo.
Por isso
mesmo, as medidas cautelares que foram colocadas por alguns ministros do
Supremo, a meu juízo, não têm cabimento neste momento”, discursou, lembrando a
“garantia do direito de defesa é sagrada no regime democrático de direito”.
O senador tucano encerrou seu pronunciamento fazendo,
conforme o pedido de Aécio, “uma defesa mesmo que rápida da minha trajetória”:
“Também não posso deixar de acrescer a minha qualidade de testemunha, senhor
presidente, do grande desempenho administrativo que teve o governador, à época,
Aécio Neves à frente do governo e, de fato, o reconhecimento que os mineiros
lhe deram, tanto que o trouxeram, com votação muito expressiva, ao Senado da
República”.
Arquivado em: Brasil
QUE HORROR....
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