Dilma Mostra Documentos Que Derrubam Depoimento De Palloci E
Lamenta Postura De Ex-Ministro, ‘Mentiu O Tempo Todo’
Por Redação Click Política Última
Atualização 7 set, 2017
A respeito das declarações prestadas pelo ex-ministro
Antonio Palocci em depoimento à Justiça Federal na quarta-feira, 6 de setembro,
a Assessoria de Imprensa da presidenta eleita
Dilma Rousseff esclarece:
1. O senhor Antonio Palocci falta com a verdade quando aponta o envolvimento de
Dilma Rousseff em supostas reuniões de governo para tratar de facilidades à
empresa Odebrecht, seja durante o mandato do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva ou no primeiro governo dela.
Tais encontros ou tratativas relatadas pelo
ex-ministro jamais ocorreram.
Relatos de repasses de propinas também são uma
mentira.
2. Todo o conteúdo das supostas conversas descritas pelo
senhor Antonio Palocci com a participação da então ministra Dilma Rousseff – e
mesmo quando ela assumiu a Presidência – é uma ficção.
Esta é uma estratégia
adotada pelo delator em busca de benefícios da delação premiada.
3. O episódio em que cita um inacreditável benefício à
Odebrecht pelo governo Dilma Rousseff, durante o processo de concessões de
aeroportos, mostra que o senhor Antonio Palocci mente.
4. O ex-ministro declarou perante a Justiça Federal que a
decisão do governo Dilma de não permitir que um consórcio ou empresa ganhasse
mais de um aeroporto foi criada pela presidenta eleita para beneficiar diretamente
a Odebrecht.
Isso é uma mentira!
5. Tal decisão foi tomada pelo governo para gerar
concorrência entre as empresas concessionárias de aeroportos.
Buscou-se evitar
que, caso uma empresa tivesse a concessão de dois aeroportos, priorizasse um em
detrimento do outro.
O governo Dilma buscava atrair mais empresas para
participar do sistema aeroportuário, garantindo que a Agência Nacional de
Aviação Civil (Anac), como órgão regulador, tivesse mais parâmetros para atuar.
Mais concorrência, menos concentração.
6. Eis um fato que desmascara as mentiras do senhor Antonio
Palocci.
A empresa Odebrecht, que ganhou a disputa junto com o grupo Changi,
pagou R$ 19,018 bilhões pela outorga do Galeão.
Sem dúvida, é a maior outorga
paga por aeroportos no Brasil, o que afasta a acusação de beneficiamento
indevido declarada por Palocci.
7. O quadro abaixo demonstra que a Odebrecht foi responsável
pela maior outorga paga ao Governo para o direito de explorar apenas um dos
seis aeroportos cujas concessões foram feitas pelo governo Dilma:
_CONCESSÕES DE AEROPORTOS NO GOVERNO DILMA
São Gonçalo do Amarante, Natal (RN)
Grupo vencedor: Consórcio InfrAmerica – Infravix (50%) + Corporación America
(50%)
Estimativa de investimentos: R$ 650 milhões
Outorga: R$ 170 milhões
Guarulhos
Grupo vencedor: Invepar (90%) + ACSA (10%)
Estimativa de investimentos: R$ 4,6 bilhões
Outorga: R$ 16,213 bilhões
Viracopos
Grupo vencedor: Consórcio Aeroportos Brasil – Triunfo (45%) + UTC (45%) + Egis
(10%)
Estimativa de investimentos: R$ 8,7 bilhões
Outorga: R$ 3,821 bilhões
Brasília
Grupo vencedor: Consórcio InfrAmerica – Infravix (50%) + Corporación America
(50%)
Estimativa de Investimentos: R$ 2,8 bilhões
Outorga: R$ 4,501 bilhões
Galeão
Grupo vencedor: Odebrecht (60%) + CHANGI (40%)
Estimativa de investimentos: R$ 5,65 bilhões
Outorga: R$ 19,018 bilhões
Confins
Grupo vencedor: CCR (75%) + Munich/Zurich (25%)
Estimativa de investimentos: R$ 3,5 bilhões
Outorga: R$ 1,1 bilhão_
8. Eis os fatos. A ficção criada pelo senhor Antonio Palocci
não se sustenta.
A Odebrecht pagou 300% a mais pelo direito de explorar o
aeroporto do Galeão.
Nenhuma empresa desembolsou tanto.
Que benefício ela
obteria do governo Dilma Rousseff pagando a mais? Qual a lógica que sustenta o
relato absurdo do ex-ministro?
9. A lógica que move o senhor Antonio Palocci é a mesma que
acomete outros delatores presos por longos períodos.
A colaboração implorada é
o esforço de sobrevivência e a busca por liberdade.
Isso não significa que se
amparem em fatos e na verdade.
É um recurso desesperado para se livrar da
prisão.
Em outros períodos da história do Brasil, os métodos de confissão eram
mais cruéis, mas não menos invasivos e implacáveis.
ASSESSORIA DE IMPRENSA
DILMA ROUSSEFF
Fonte: http://clickpolitica.com.br/
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