Moro é
agente da CIA? Por Joaquim de Carvalho
Publicado
por Joaquim
de Carvalho 14 de julho de 2018
O parecer do
subprocurador-geral da república Nívio de Freitas Silva Filho sobre a
parcialidade de Sergio Moro é um das peças jurídicas que entrarão para a
história como o relatório do coronel Job Lorena de Santana sobre o atentado do
Riocentro, em 1981.
Segundo o
coronel, não eram os militares que explodiriam uma bomba no show onde havia
milhares de pessoas.
Na verdade, eles estavam ali para garantir a segurança do
espetáculo e acabaram alvo de um atentado realizado por organizações de
esquerda.
Para Nívio
de Freitas Silva Filho, no processo em que a defesa de Lula pede o afastamento
do juiz por falta de parcialidade, Moro é um juiz exemplar.
“Moro se manteve
imparcial durante toda a marcha processual”, escreveu o subprocurador.
Seria para
rir, mas não. É para lamentar e ficar atento.
A peça do
subprocurador é um exemplo de como agem setores do estado brasileiro nos
processos judiciais em que Lula parece ter sido eleito como alvo.
O
ex-presidente já estava condenado antes mesmo de ter sido apresentada a
denúncia do Ministério Público, e tudo funciona como uma orquestra.
Agentes
públicos certos nos lugares certos movem as peças de um jogo com resultado já
definido.
Se a questão
da falta de imparcialidade de Moro é assunto superado para quem não faz parte
dessa engrenagem, fica a pergunta:
por que o juiz age dessa maneira?
Para o
jurista Fábio Konder Comparato, indignado com a forma como Moro agiu para
impedir o cumprimento de um habeas corpus que colocaria Lula em liberdade
(ainda que por algumas horas), Moro é agente dos Estados Unidos no Brasil.
“Moro goza
de total impunidade. Estou convencido de que ele é um agente norte-americano”,
disse Konder Comparato à Rede
Brasil Atual.
Mas será
mesmo que Moro é ligado a órgãos de inteligência nos Estados Unidos, como a
CIA?
Não há nada
que comprove. Por enquanto.
Moro é
citado em relatório da embaixada norte-americana no Brasil sobre um encontro
sobre lavagem de dinheiro promovido no Rio de Janeiro em 2009, com a
participação do FBI.
Esse
relatório faz parte dos documentos vazados pelo wikileaks. Mas não foi só Moro
que participou do encontrou.
Estavam lá
outros juízes, policiais federais e até o ministro Gilson Dipp, então no STJ.
O que está
fora de dúvida é a proximidade do juiz com o Departamento de Estado e o
Departamento de Justiça dos Estados Unidos, e não é de hoje.
Em 2007, o
escritório do advogado Miguel Reale Júnior, um dos autores do pedido de
impeachment de Dilma Rousseff, apontou essa ligação num pedido para que Moro se
afastasse de um processo em que um empresário era acusado de ser doleiro.
O
empresário, cliente de Reale Júnior, era processado no Brasil e nos Estados
Unidos.
O procurador de lá, Adam Kaufmann, foi acusado em corte norte-americana
de violar o devido processo legal: levou adiante uma acusação sem citar o
empresário brasileiro, que residia em São Paulo.
Para se
defender, Kaufmann usou um e-mail de Moro com explicações sobre como funciona a
citação no Brasil. Era uma espécie de parecer informal.
Moro, no
caso, agiu como advogado parecerista do procurador, o que viola a lei
brasileira, pois a um juiz não é permitido aconselhar uma das partes quando o
caso envolve réu sob sua jurisdição.
Moro acabou
não sendo afastado, por decisão do STJ, e a amizade entre ele e o procurador
norte-americano se manteve.
Dois anos
depois, Kaufmann esteve no Brasil e visitou Moro em Curitiba.
Na ocasião,
apresentado como chefe de investigação da promotoria de Nova York, ele também
foi entrevistado pelo jornalista César Tralli, no programa Milênio, da
Globonews.
Hoje, fora
do serviço público nos Estados Unidos, Adam Kaufmann é sócio de um escritório
de advocacia, o Lewis Baach Kaufmann Middlemiss, que o apresenta como especialista
na defesa de várias empresas brasileiras e indivíduos envolvidos na Lava
Jato/Petrobras.
Em outras
palavras, ganha dinheiro com a Lava Jato.
Pelo jeito,
os vínculos do ex-procurador com Moro permanecem.
.x.x.x.
Para saber
mais sobre o pedido de suspeição de Moro apresentado pelo advogado autor do
pedido de impeachment de Dilma, clique aqui.
Doação
para o Blog
Queridos leitores do Blog SUED E PROSPERIDADE
que
a paz esteja com todos.
Venho
pedir aos leitores que têm condições e querem contribuir
com
o Blog uma pequena doação para o Blog
Que
a prosperidade os acompanhe hoje e sempre.
Desde
já agradeço.
Maria
Joselia
Número
da conta
Maria
Joselia Bezerra de Souza
Caixa
Econômica Federal
Agencia:
0045
Operação:
013
Conta:
00054784-8
Poupança
Brasil
Obrigado
Nenhum comentário:
Postar um comentário