Exclusivo:
Bancário visitou o triplex atribuído a Lula e tirou fotos que comprovam a
farsa. Por Joaquim de Carvalho
Publicado
por Joaquim
de Carvalho 20 de julho de 2018
O bancário
aposentado Manuel Meneses, de Salvador, Bahia, fez o que a velha imprensa
deveria ter feito:
visitou o triplex que Sergio Moro atribui a Lula antes que
ele fosse vendido e fez registros em fotos e vídeos.
A conclusão dele e de
qualquer pessoa honesta que veja as fotos é: o triplex não teve nenhuma reforma
digna desse nome.
Manuel
Meneses não é filiado a partido político, mas sempre aparece em causas de
interesse público na sua região. Também é um homem antenado com as questões de
seu tempo.
Acaba de voltar de uma viagem à África, onde conheceu pessoas e
monumentos que ajudam a contar a história de Nélson Mandela.
Manuel não é
rico, se aposentou como funcionário da Caixa, é formado em Direito e Psicologia
e aplica seu dinheiro com expedições de interesse histórico.
Foi o que viu no
caso do triplex e apresentou-se ao leiloeiro como um interessado na compra do
imóvel.
Fez o depósito de R$ 1.000,00 (reembolsado) e marcou uma visita, às
vésperas do encerramento do pregão ordenado pelo juiz Sergio Moro.
Pegou um
avião em sua cidade, desceu no aeroporto de Guarulhos. Foi de ônibus até o
Guarujá e, na rodoviária, pegou um táxi até o triplex.
Para não ter despesa com
hotel, marcou a passagem de volta para o mesmo dia.
Ao chegar ao triplex, teve
que esperar algumas horas porque, apesar do agendamento, não havia ninguém para
recebê-lo e abrir a porta do apartamento.
“Eu soube
que ninguém tinha visitado o triplex, não havia nenhum interessado.
O
funcionário do leiloeiro abriu a porta e me deixou sozinho no apartamento.
Eu
tive tempo para olhar à vontade e vi que não era nada daquilo que a imprensa
escrevia, sem mostrar, apenas dizia o que os procuradores falavam. Uma farsa”,
afirma.
Para
começar, o elevador. “Quando se falava em elevador privativo, imaginava que
fosse algo que levasse da garagem ao apartamento, mas não.
É um elevador que
leva de um piso a outro no tal triplex, como esses elevadores para cadeirante.
Uma coisa mixuruca, que não custa muito”, disse.
“Vi ainda
que o piso que teria sido trocado não é porcelanato de primeira linha, é um
piso de segunda linha. Não é o pior, mas também não é o de primeira linha.
Fiquei pensando:
um ex-presidente pode morar num lugar mais bem arrumado”,
destacou.
Se a reforma era propina, pensou Manuel, Lula teria que ser o
corrupto mais sem-vergonha do planeta.
”Deixaria
roubar a Petrobras em troca de algo assim? Não faz sentido”, disse.
Viu ainda no
apartamento um fogão velho, uma geladeira, um escritório improvisado, beliches,
uma piscina com tamanho de uma banheira — “duas braçadas e você chega de uma
ponta a outra”.
Também ficou
escandalizado com os armários embutidos.
“Tudo madeira compensada, MDF, algo
assim, uma porcaria, um “Minha Casa, Minha Vida”, com todo respeito por quem
mora no “Minha Casa, Minha Vida”, mas Lula, por ser um líder mundial, poderia
ter algo melhor, ainda mais em se tratando, como diz o juiz Moro, propina em
troca de contratos milionários da Petrobras. Não faz sentido”, disse ele, com
ênfase na expressão “Não faz sentido”.
Para não ter
dúvida de que seus olhos não o estavam enganando, soube que havia outro
apartamento à venda no condomínio e pediu para ver.
Não é um triplex, mas
permite concluir, quando comparados, que recebeu reforma.
A cozinha tem
pastilhas em vermelho e preto, os quartos, com camas, foram decorados.
A
varanda tem vidros blindex — no triplex da OAS, que Moro atribuiu a Lula, os
vidros da varanda são comuns, assim como as estruturas de alumínio.
“Aquilo sim
era reforma. O apartamento estava um brinco, muito superior ao que o juiz Moro
atribuiu ao ex-presidente da república”, comentou.
Manuel
também constatou que o prédio construído pela OAS é simples, com uma academia
de ginástica modesta e uma piscina coletiva pequena, que não oferece nenhuma
privacidade.
Com a popularidade que tem, Lula jamais poderia frequentar um
lugar assim.
Manuel
voltou para Salvador convicto da farsa e de que não haveria lance para o
leilão. “Aquilo não vale 2,2 milhão de reais”, pensou.
Ficou
surpreso quando uma pessoa o arrematou e achou estranho.
Quando soube que o
imóvel tinha sido comprado por um sócio do primo de Geraldo Alckmin, candidato
a presidente pelo PSDB, viu a luz amarela acender.
O comprador,
citado em escândalos de corrupção em Brasília e dono de uma offshore que
aparece no caso de lavagem internacional de dinheiro Panamá Papers, é Fernando
Costa Gontijo, proprietário do Jornal de Brasília.
“Quem
comprou pode fazer uma reforma de verdade e fazer desaparecer os vestígios da
farsa.
Por que alguém compraria o imóvel por um valor superior ao que vale? Não
faz sentido, a menos que haja outros interesses”, disse.
Pelo sim,
pelo não, ficou ainda mas satisfeito por ter feito o registro fotográfico do
triplex atribuído ao Lula.
“O mundo
precisa saber que tudo o que foi noticiado pela imprensa é farsa, processo do
triplex é farsa.
Realizei o trabalho de jornalismo investigativo que o o grupo,
que eu chamo GEIVEF – Globo, Época, IstoÉ, Veja, Estadão e Folha — não fez”.
Veja as
fotos:
Agora veja
três fotos de um apartamento reformado, no mesmo prédio, sem nenhuma relação
com Lula. Não é nada luxuoso, mais muito mais apresentável, evidência de que
houve de fato reforma:
As fotos de áreas comuns do condomínio:
o elevador pequeno e simples, piscina devassável, vagas na garagem pequenas e apertadas e uma academia bem simples: Lula, por ter sido presidente da república, poderia ter algo melhor:
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