MAIS UM ESCÂNDALO! Doleiro Silencia À Receita Contrato Com
Mulher De Moro; CONFIRA AQUI!
Por Redação Click Política Em 26
dez, 2017
Por Joaquim de Carvalho
Do DCM
Escritório de doleiro alegou sigilo profissional para negar
à Receita informações de contrato com mulher de Moro
Esta reportagem foi financiada através de um crowdfunding do
DCM sobre as origens da Lava Jato
Depois que a coluna Radar, da Veja, informou que o
Ministério Público omitiu da investigação da Lava Jato documentos que mostravam
a relação profissional de Rosângela Moro com o escritório de advocacia de
Rodrigo Tacla Durán, começam a surgir outros dados que dão clareza a fatos que
são suspeitos.
No mínimo, reforçam os argumentos de que Sergio Moro não tem
isenção para conduzir os processos da Lava Jato.
O escritório de Tacla Durán foi investigado pela unidade da
Receita Federal em São José do Rio Preto, em procedimento de fiscalização
conduzido pelos auditores Rogério César Ferreira e
Paulo Cesar Martinasso.
No âmbito de suas atribuições, a Receita Federal investiga
sonegação de tributos, mas esta pode ser apenas uma consequência da lavagem de
dinheiro, que é o que efetivamente o escritório de
Tacla Durán fazia.
Na relação que acompanha o ofício assinado por Flávia Tacla
Durán, irmã de Rodrigo, aparece o nome de Rosângela, de Carlos Zucolotto Júnior
e do escritório de Zucolotto.
Também aparece o advogado Leonardo Guilherme dos
Santos Lima, que tem o mesmo sobrenome do procurador da república Carlos
Fernando
dos Santos Lima.
Flávia não informa detalhes sobre o trabalho realizado pelos
advogados para os quais fez pagamentos.
Para justificar o não atendimento dessa
exigência da Receita, ela apresenta o resultado de uma consulta que fez ao
presidente da OAB de São Paulo, Marcos da Costa.
“Conforme verificado na apresentação das presentes
informações e documentos requisitados, o presente escritório de advocacia encontra-se
devidamente inscrito em seu órgão de regulamentação profissional, sob número
13.242 e, portanto, submetido ao Regime do Estatuto da Advocacia (Lei número
8.906/94), razão pela qual, nos termos do instruído pela Ordem dos Advogados do
Brasil, através do referido despacho proferido em 27/07/2015, do presidente da
OAB – seccional de São Paulo, Dr. Marcos da Costa, ora acostado em sua íntegra,
nos abstemos de apresentar o conteúdo completo dos trabalhos que pressupõe
sigilo profissional”,
escreve Flávia Tacla Durán.
O submundo que une Tacla Durán a advogados próximos de
Sergio Moro começou a ser revelado pela jornalista Mônica Bergamo, da Folha de
S. Paulo, com a informação de que o advogado Rodrigo Tacla Durán, começou a
escrever um livro em que pretende contar que o amigo de Moro, o advogado Carlos
Zucolotto Júnior, lhe tentou vender facilidades na Lava Jato.
Para trocar a
prisão em regime fechado por prisão domiciliar, com tornozeleira, teria que
fazer pagamentos por fora.
Agora, com o furo de Maurício Lima, do Radar, o cerco ficou
mais próximo — a própria esposa do juiz aparece na relação do escritório que
apareceu na Lava Jato como operadora de caixa 2 e lavagem de dinheiro para
empreiteiras, entre as quais a Odebrecht.
Em 2016, Moro determinou a prisão de
Tacla Durán, quando este estava na Espanha, mas não conseguiu trazê-lo para o
Brasil, pois a Espanha negou a extradição.
Rodrigo Durán é colaborador da justiça nos Estados Unidos e
também na Espanha.
Em entrevista ao jornal El País, Durán diz que a Odebrecht,
uma das empresas para as quais fazia lavagem de dinheiro, pagou em propina pelo
menos quatro vezes mais do que revelou no acordo de delação premiada homologado
no Brasil.
Sergio Moro assinou dois mandados de prisão preventiva
contra Durán, atendendo a pedido do Ministério Público Federal, que o acusava
de celebrar contratos de fachada com empreiteiras para gerar caixa 2.
O
procurador da república Júlio Motta Noronha, que deu entrevista para falar da
36a. Operação de Lava Jato, em que as prisões de Durán foram decretadas,
explicou assim a razão do pedido:
“Rodrigo Tacla Duran foi responsável por lavar dezenas de
milhões de reais por meio de empresas controladas por ele, como a Econocell do
Brasil, TWC Participações e Tacla Duran Sociedade de Advogados.
Diversos
envolvidos na Operação Lava Jato se valeram das empresas de Duran para gerar
dinheiro e realizar o pagamento de propinas”,
afirmou o procurador da República
Julio Motta Noronha, da força-tarefa da Lava Jato.
Um gigante desses na lavagem de dinheiro (na prática,
doleiro) teria que tipo de relação profissional com Rosângela Moro e também com
Carlos Zucolotto Júnior?
A respeito deste, logo que se revelou o que agora
ganha dimensão de escândalo de grandes proporções, Moro veio a público para tentar
minimizar os efeitos da informação de venda de facilidades na Lava Jato.
Diante da impossibilidade de negar o relacionamento entre o
amigo e o réu, Moro disse:
“A partir das perguntas efetuadas, o sr. Carlos Zucolotto,
consultado, informou que foi contratado para extração de cópias de processo de
execução fiscal por pessoa talvez ligada a Rodrigo Tacla Duran em razão do
sobrenome (Flávia Tacla Duran) e por valores módicos”, diz Moro.
Quem acredita que Zucolotto foi contratado para ir ao fórum
e fazer xerox de processo acredita em tudo.
O mesmo raciocínio vale para
Rosângela.
Será que a esposa do juiz apareceu na relação de pagamentos
de um escritório que faz lavagem de dinheiro para fazer serviços que, a rigor,
poderiam ser feitos por um estagiário?
Se o que se pretende é passar o Brasil a limpo, chegou a
hora de investigar fatos que comprometem Sergio Moro.
Fonte: http://clickpolitica.com.br/
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