quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Em Depoimento Ao MP, Ex-Assessora De Flávio Bolsonaro Confessa Rachadinha E Entrega De Valores Para Queiroz

SUED E PROSPERIDADE

04/11/2020

Em Depoimento Ao MP, Ex-Assessora De Flávio Bolsonaro Confessa Rachadinha E Entrega De Valores Para Queiroz

Celeste Silveira 4 de novembro de 2020


Luiza Souza apresentou extratos bancários e disse ter sido orientada a devolver a maior parte do que recebia como salário; essa é a primeira vez que um ex-assessor admite o esquema ilegal no gabinete do parlamentar.

Um dos episódios finais antes de o Ministério Público do Rio denunciar o senador Flávio Bolsonaro por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa foi o depoimento de Luiza Sousa Paes, ex-assessora do antigo gabinete do “01” na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

 Nos detalhes do depoimento, feito em setembro e obtido pelo GLOBO, ela admitiu que nunca atuou como funcionária do filho do presidente Jair Bolsonaro e também era obrigada a devolver mais de 90% do salário. 

Além disso, Luiza apresentou extratos bancários para comprovar que, entre 2011 e 2017, entregou por meio de depósitos e transferências cerca de R$ 160 mil para Fabrício Queiroz, ex-chefe da segurança de Flávio e apontado como operador do esquema de desvios de salários.

 É a primeira vez que um ex-assessor admite o esquema ilegal no gabinete do parlamentar.

Luiza Sousa Paes foi nomeada entre os assessores de Flávio em 12 de agosto de 2011 e lá ficou até 11 de abril de 2012. Depois, foi nomeada em outros setores da Assembleia: na TV Alerj e no Departamento de Planos e Orçamento. 

Mesmo assim, durante todo esse período, Luiza relatou ao MP que teve que devolver a maior parte do que recebia como salário. 

O primeiro contracheque dela no período em que trabalhou no gabinete de Flávio tinha um valor bruto de R$ 4.966,45. Já o último, na TV Alerj, de R$ 5.264,44.

Em depoimento, ela disse que ficava apenas com R$ 700. Além disso, também tinha como obrigação devolver valores relativos a 13º, férias, vale-alimentação e até o valor recebido pela Receita Federal como restituição do imposto de renda. 

O valor do vale-alimentação, cerca de R$ 80 diariamente, era depositado diretamente nas contas dos funcionários da Alerj sem registro ou desconto no contracheque.

Luiza relatou ainda que conheceu outras pessoas que viviam situação semelhante a dela: nomeadas sem trabalhar. Citou as duas filhas mais velhas de Fabrício Queiroz, Nathália e Evelyn, e Sheila Vasconcellos, amiga da família do policial. 

Os dados financeiros das três, obtidos na investigação, já identificavam que elas tinham devolvido para Queiroz R$ 878,4 mil.

Saques na boca do caixa

A investigação sobre Luiza no caso começou a partir do relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), entregue pelo órgão ao Ministério Público Federal em 2018 e depois repassado ao MP-RJ. 

No documento, ela foi citada como uma dos oito assessores que fizeram transferências para Queiroz ao longo de 2016. Naquela ocasião, foi verificado apenas um valor de R$ 7.684,00 repassado.

Mas ela entregou mais dinheiro ao longo dos anos. 

A ex-assessora contou aos promotores como se dava o mecanismo. Ela diz que abriu uma conta na agência da Alerj e foi orientada a fazer todos os meses o saque do salário na boca do caixa, já que no caixa eletrônico há um limite para a retirada. 

Logo após pegar o dinheiro, ela já solicitava um depósito para a conta de Fabrício Queiroz – às vezes ela identificava o depositante, em outras não. O MP já tinha verificado um total de R$ 155 mil de depósitos dela para Queiroz a partir das quebras de sigilo bancário.

No depoimento ao MP, ela contou que se viu envolvida no esquema aos 19 anos, quando estava terminando a faculdade de Estatística. O pai dela, Fausto, era amigo de Fabrício Queiroz. As famílias chegaram a ser vizinhas de rua durante algum período em Oswaldo Cruz, na Zona Norte do Rio. 

Originalmente, segundo Luiza, quem queria um emprego era o pai dela. 

Luiza pediu posteriormente um estágio e Queiroz disse que iria ajudar.

*Com informações de O Globo

CONTINUA

Até A Jovem Clã Se Viu Obrigada A Demitir Constantino

Celeste Silveira 4 de novembro de 2020 

Depois de se transformar numa sucursal da Secom do governo Bolsonaro e ser considerada o “Rio das Pedras” do clã Bolsonaro na mídia, com um time de fazer inveja à cúpula do nazismo onde figuras como Augusto Nunes, Guilherme Fiuza, Ana Paula do Vôlei e outras figuraças do conservadorismo de aluguel, a Jovem Pan teve que ceder à pressão das redes sociais e cancelar Rodrigo Constantino que, agora, chora suas pitangas em novas lives e posts em seu twitter, justo no dia em que Trump, de quem Constantino lambe botas por osmose dos Bolsonaro, está para ser apeado da Casa Branca.

O fato é que tudo isso junto e misturado mostra que, como bem disse Boulos, a casa da família de milicianos está caindo.

Tudo isso acontece no mesmo dia em que Bolsonaro foi tratorado pelo Congresso, em que os senadores aprovaram nesta quarta-feira (4), por 64 votos a 2, a derrubada do veto do presidente Jair Bolsonaro à prorrogação, até 2021, da desoneração da folha de pagamentos de empresas de 17 setores da economia.

E mais, Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz foram denunciados nesta quarta-feira pelo MP-RJ por organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita.

Grande dia!

*Carlos Henrique Machado Freitas

Fonte: https://antropofagista.com.br/

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