SUED E
PROSPERIDADE
17/11/2020
Só 1 dos 78 candidatos com Bolsonaro no nome de urna é eleito no Brasil
17/11/2020
Jair Bolsonaro, do PSL, foi derrotado na eleição de 2020.
Candidato a vereador em
Laranjal do Jari (AP), Jair Sousa Silva se apresentou como Jair Bolsonaro na
urna, recebeu 22 votos e ficou fora da Câmara Municipal da cidade. A situação é
parecida com a de Jair Reis Bolsonaro, que disputou uma vaga de vereador em
Maceió (AL), pelo PTB. Ele terminou a disputa com 39 votos.
Os dois Jair são um exemplo de um fenômeno que se repetiu pelo Brasil. Segundo dados do TSE, 83 pessoas em 24 estados registraram nomes de urna com o sobrenome Bolsonaro, mas algumas candidaturas acabaram indeferidas ou tiveram renúncia do candidato.
Ao fim, 78 “Bolsonaros” sobraram na disputa –
3 candidatos a prefeito, 2 a
vice-prefeito e 73 candidatos a vereador. O partido em que isso mais ocorreu
foi o PSL, com 16 nomes, seguido pelo Patriota, com 10, e o Republicanos, com
8. Até um partido que faz oposição ao presidente no Congresso, o PDT, teve um
Bolsonaro na disputa. Ele também não venceu.
O
representante comercial Jair Reis nunca teve qualquer contato com o xará famoso,
mas fez campanha pelo presidente da República em 2018. “Eu consegui virar muito
voto a favor dele. As pessoas menos informadas, com menos cultura e educação, a
gente conseguiu virar muito voto pra ele”, explica. Jair (o Reis) defende a
pauta de costumes do presidente e viu como natural utilizar o nome na eleição.
“Eu sempre fui defensor do presidente e das ideias. Nunca tive contato [com o
presidente]. Foi uma situação que surgiu, o pessoal já chamava Bolsonaro pra
cá, Bolsonaro pra lá, como no país todo. Como meu nome é Jair, aí eu emendei”,
conta.
Sem contato
Em poucos casos, o presidente manifestou pessoalmente apoio a candidatos identificados com o sobrenome. Deilson Bolsonaro (Republicanos), em Boa Vista (RR), e Adilson Bolsonaro (PSD), de Santa Cruz do Capibaribe (PE), foram citados em transmissões do presidente. Eles estavam entre os 59 nomes para quem Bolsonaro pediu votos diretamente, mas ambos ficaram sem mandato. O mesmo aconteceu com Walderice Santos, ex-secretária parlamentar de Jair Bolsonaro. Ela ficou nacionalmente conhecida como “Wal do Açaí”, após ser apontada como funcionária fantasma do gabinete de Bolsonaro na Câmara dos Deputados, mas incorporou o sobrenome do ex-chefe na urna. Mesmo com o apoio do presidente, Wal recebeu apenas 266 votos e ficou fora da Câmara de Angra dos Reis (RJ).
A maioria
dos “Bolsonaros”, no entanto, disputou na mesma situação do Jair de Maceió,
apoiando o presidente mesmo sem uma relação próxima ou apoio tácito.
GargamelBolsonaro (PSL), de Brusque, foi um desses. Mesmo sem contato com o
presidente, Antonio Carlos Widgenant juntou o sobrenome famoso a um apelido
criado após um namoro na faculdade. Filiado ao PSL, ele diz que cogitou pedir
ajuda ao presidente, mas “ele mesmo falou que evitaria dar apoio exceto a
alguns amigos”.
Autointitulado
“petista de direita”, ele diz já ter votado no ex-presidente Lula mas nunca se
filiou ao Partido dos Trabalhadores. “O PT local nunca aceitou minha filiação
pois eu defendia o respeito ao patrão e empresário”, diz ele. Em 2018, ele se
alinhou ao presidente.
Gargamel não
declara nenhum gasto de campanha. “Gastei zero de fundo partidário, gastei zero
de recurso próprio.” E reclama da falta de apoio do partido, legenda pela qual
Jair Bolsonaro foi eleito. Ao fim do processo, ele recebeu 152 votos e ficou
sem mandato. Culpa da velha política, segundo ele. “O pior mesmo é uma
comunidade que tem inveja da pessoa, que por ser a pessoa correta e honesta não
vota nela”, argumenta, dizendo que houve compra de votos na cidade.
Antonio quer
migrar para o partido que Bolsonaro tenta criar desde 2019, o Aliança pelo
Brasil. E já faz imagens pra candidatura a prefeito daqui a quatro anos –
novamente como GargamelBolsonaro.
CONTINUA
MP detalha:
Flávio Bolsonaro desviou R$ 6 milhões com esquema da rachadinha
17/11/2020
De acordo com a nova denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro, uma parte milionária do esquema das rachadinhas de Flávio Bolsonaro, foi transferida para seu patrimônio pessoal (corrupção).
O discurso udenista e contra corrupção da
família Bolsonaro cai por terra, ainda de acordo com o MP-RJ foram três meios
usados para o desvio:
O discurso anti-corrupção da família Bolsonaro desmorona diante dos fatos, aliás a certo tempo a família abandonou o discurso lava jatista, não sem interesses próprios.
Flávio Bolsonaro está cada dia mais enrolado em novas provas que mostram o
esquema de lavagem de dinheiro na Assembleia Legislativa do Rio.
De acordo
com denúncia do MP-RJ foram desviados cerca de R$ 6 milhões e o
sistema de arrecadação da rachadinha transferia o dinheiro para o patrimônio familiar
de Flávio Bolsonaro, por meio de três métodos diferentes.
O MP ainda
detalha o enriquecimento ilícito de Flávio Bolsonaro por meio do esquema, são
cerca de 50 páginas para detalhar como as movimentações financeiras do filho do
presidente estão ligadas a um esquema que teria desviado R$ 6 milhões da
Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
O ano de 2021 poderá ser difícil para Jair Bolsonaro, sobretudo com a saída do poder de Donald Trump, o fato de seus aliados não terem tido um bom desempenho nas eleições municipais e agora com o avanço da denúncia sobre o senador Flávio Bolsonaro.
Fonte: https://falandoverdades.com.br/
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