sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Exclusivo: Lista Do TCU Tem Políticos Milionários Que Receberam Auxílio Emergencial; Veja A Lista

SUED E PROSPERIDADE

06/11/2020

Exclusivo: Lista Do TCU Tem Políticos Milionários Que Receberam Auxílio Emergencial; Veja A Lista

Celeste Silveira 6 de novembro de 2020 

Tribunal cruzou dados do TSE com lista dos que receberam ajuda para a Covid-19 em todo o país.

O TCU (Tribunal de Contas da União) divulgará nesta sexta-feira (6), em seu site, as listas de candidatos a cargos eletivos que receberam bolsa-família ou o auxílio emergencial da Covid-19 e que declararam patrimônio acima de R$ 300 mil.

A coluna teve acesso exclusivo à lista do auxílio emergencial [ver abaixo].

Os nomes serão publicados no site do TCU em duas listas separadas: uma delas terá 10 mil candidatos que têm patrimônio entre R$ 300 mil e R$ 1 milhão. A outra trará 1.300 que declararam mais de R$ 1 milhão.

A decisão de divulgar os nomes foi do ministro do TCU Bruno Dantas.

Há casos, por exemplo, como o de Elias João Neto, candidato a vereador em Cândido Mota (SP), que declarou patrimônio de R$ 11 milhões _R$ 10 milhões em três fazendas e R$ 950 mil em “dinheiro em espécie”.

Ele está na lista de beneficiários do auxílio emergencial, segundo o TCU, tendo recebido já R$ 1.200.

Um outro exemplo é o de Leandro Adilson Romero, candidato a vice-prefeito de Álvares Florence (SP) pelo DEM. Ele declarou patrimônio de R$ 10,2 milhões –entre eles estão 50% de cotas de uma empresa, terrenos e R$ 80 mil em “dinheiro em espécie”.

Segundo o TCU, Leandro recebeu R$ 600 de auxílio emergencial.

No cidade de Machado, também em Minas Gerais, o candidato Lúcio do Café (PSDB-MG) declarou R$ 3.100.000,00 em bens, sendo o quinhão de R$ 2,5 mi correspondente a um imóvel rural. Ele recebeu, segundo o TCU, R$ 600 em auxílio emergencial.​

Na lista há também casos que indicam erros formais dos candidatos na hora de declarar o patrimônio. Em seu despacho, Bruno Dantas chama a atenção para a possível ocorrência desses erros, lembrando que as declarações de bens à Justiça Eleitoral são feitas pelos próprios concorrentes.

O candidato a vereador Elizeu Candido Garcia (PSL-MG), que se apresenta em Ipatinga como Elizeu do Uber (PSL-MG), declarou R$ 314.103.990,00 em bens e recebeu R$ 1.800 em auxílio emergencial.

Em um dos ítens de sua prestação de contas, porém, ele lista um prédio residencial de R$ 314 mil, valor mais próximo do mercado da cidade –o que indica que se equivocou na hora de declarar o total de seus bens. Elizeu, no entanto, também faria parte da lista, que inclui políticos com bens acima de R$ 300 mil.

O candidato a vereador Haidan de Araújo, que concorre em Espírito Santo do Pinhal (SP) pelo Republicanos, declarou que tem uma Parati, e atribuiu ao carro o valor de R$ 13 milhões, num evidente equívoco.

A maior parte dos nomes, no entanto, tem bens declarados entre R$ 300 mil e R$ 10 milhões, em valores compatíveis com os de mercado.

Veja, no link abaixo, a íntegra da lista de candidatos com patrimônio superior a R$ 300 mil que receberam o auxílio emergencial da Covid-19:​

*Monica Bergamo/Folha

CONTINUA

Empresa De Ex-Mulher De Wassef É A Responsável Pela Cibersegurança Do STJ, Que Sofreu Ataque

Celeste Silveira 6 de novembro de 2020 

Alvo de ataque hacker, STJ gastou R$ 13,7 milhões com empresa de informática investigada.

Ao contratar serviços na área de informática, no entanto, o tribunal fez uma escolha controversa: a empresa de tecnologia da informação que mais recebeu dinheiro da instituição em 2020 foi a Globalweb Outsourcing, uma firma ligada à mulher do advogado Frederick Wassef e investigada por tráfico de influência.

Até a quinta-feira (05/11), a corte já havia empenhado R$ 13,72 milhões com a empresa, como parte de dois contratos diferentes de prestação de serviços. Os contratos foram firmados em 2017 e 2018, e prorrogados desde então.

Em setembro deste ano, o Tribunal de Contas da União (TCU) abriu um processo para apurar se a empresa está envolvida com a prática de tráfico de influência — que é crime, pela lei brasileira.

A Globalweb, empresa da família de Cristina Boner, ex-esposa do advogado Frederick Wassef, é a responsável pela cibersegurança do Superior Tribunal de Justiça (STJ), alvo do ataque hacker na última terça-feira (3). 

O órgão anunciou a suspensão de suas atividades e dos prazos dos processos que correm na corte até o próximo dia 9. 

Os dois contratos da empresa com o STJ somam mais de R$ 17 milhões. 

Um deles prevê suporte completo ao sistema da corte, como dados sobre processos e peças, sejam elas públicas ou sigilosas.

*Com informações da BBC News

Fonte: https://antropofagista.com.br/

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