domingo, 1 de novembro de 2020

Zé Dirceu Escreve Aos Petistas Pedindo União Da Esquerda No 2º Turno Para Derrubar O Bolsonarismo

SUED E PROSPERIDADE

01/11/2020

Dirceu Escreve Aos Petistas Pedindo União Da Esquerda No 2º Turno Para Derrubar O Bolsonarismo

Celeste Silveira 1 de novembro de 2020

Em carta enviada neste domingo (1) aos militantes petistas, o ex-ministro José Dirceu, líder histórico da esquerda e do PT, pede que o partido inspire-se no passado para “mudar sem mudar de lado e nos colocar à altura do desafio histórico”. 

Para Dirceu, o desafio destas eleições é construir alianças de unidade da esquerda. “Assim, no segundo turno, o foco é unidade para derrotar o bolsonarismo e eleger prefeitos de esquerda em todo Brasil. 

Com a mesma garra que lutaremos para levar nossos candidatos e candidatas para a vitória ou ao segundo turno, estaremos juntos para eleger nossos aliados e fazer avançar a luta por uma alternativa democrática e popular em 2022”.

Aos petistas, a militância guerreira

Estamos há menos de 15 dias das eleições de 2020. Elegeremos vereadores e prefeitos, vereadoras e prefeitas. 

me dirigir a todos e todas petistas e amigos, amigas e simpatizantes para agradecer, de coração, o apoio generoso a solidariedade de sempre comigo. 

E registrar também, de público, meu reconhecimento pela luta – dura, difícil e sacrificada – que travam nesse momento histórico de nosso Brasil e do nosso povo. 

que ver a médio prazo e compreender que estamos acumulando forças. Essa batalha é uma das muitas que travaremos nos próximos anos para recuperar nossa soberania, nossa democracia e o desenvolvimento social, econômico, político e cultural. 

Não se trata de uma batalha qualquer: estamos reconstruindo as nossas bases nas cidades e a nossa imagem, reocupando as ruas e nossa relação com as classes trabalhadoras. 

Uma batalha sem recursos, depois de anos de defensiva e luta pela sobrevivência, quando nosso PT, Lula e nossas lideranças sofreram e foram vítimas de uma guerra jurídica e de uma perseguição implacável. 

Vivemos um golpe parlamentar jurídico que derrubou nossa presidente Dilma Rousseff e um processo político, sumário e de exceção que levou à condenação e à prisão de Lula, o impedido de ser candidato e de fazer campanha para nosso candidato Fernando Haddad.

Sabemos que enfrentamos uma batalha em várias frentes, seja contra o bolsonarismo ou a direita liberal, numa situação nova na qual o fim das coligações proporcionais e a cláusula de barreira conduziram os partidos de esquerda a candidaturas próprias. 

Por isso, nem sempre fomos capazes de compor chapas unitárias como em Porto Alegre, Belém e Florianópolis e em centenas de outras cidades.

Agora não é hora de balanços nem recriminações, muito menos de divisão. É hora de lutar como a militância tem feito e dado exemplos magníficos de sua abnegação e sacrifício pelo PT. É hora de fazer a diferença e dar uma arrancada rumo às urnas em 15 de novembro. É hora de levar nossas candidaturas ao segundo turno ou à vitória, principalmente nas grandes cidades e capitais e nas pequenas cidades de onde viemos muitos de nós, como eu.

Minha mensagem é de otimismo e esperança como tem sido todos meus artigos e entrevistas. O fio da história está conosco e é de um Brasil soberano, independente, democrático e justo.

 Nosso legado são os governos de Lula e de Dilma. 

Nossa luta resgata a história da classe trabalhadora e de nosso povo. Somos de esquerda, socialistas e vermelhos, somos o PT. Como no passado, saberemos mudar sem mudar de lado e nos colocar à altura do desafio histórico. 

Sabemos que não avançaremos sem alianças e sem unidade da esquerda. Assim, no segundo turno, o foco é unidade para derrotar o bolsonarismo e eleger prefeitos de esquerda em todo Brasil. Com a mesma garra que lutaremos para levar nossos candidatos e candidatas para a vitória ou ao segundo turno, estaremos juntos para eleger nossos aliados e fazer avançar a luta por uma alternativa democrática e popular em 2022.

*Com informações do 247

CONTINUA

Vídeo – Guedes: Se O Pobre Nordestino Vive Com R$ 200, Por Que Pagar Mais De Auxílio Emergencial?

Celeste Silveira 1 de novembro de 2020

Ministro da Economia diz que não trabalha com hipótese de segunda onda de coronavírus e condiciona extensão do auxílio emergencial em 2021 à aprovação de reformas.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse na manhã desta quinta (29) que sempre foi contrário ao pagamento de auxílio emergencial acima de R$ 200 porque esta é a média paga ao “pobre nordestino” quando não há crise sanitária. Para Guedes, seria um “ultraje” pagar R$ 800 ao trabalhador informal do Sul, para cobrir sua renda durante o fechamento dos serviços não essenciais, se o “pobre nordestino” sempre viveu com valor bem inferior.

“Prudentemente eu lancei R$ 200 no auxílio emergencial logo no início por duas razões. Primeira razão é que eu não podia fazer um ultraje a quem já recebia assistência social. Como é que alguém do Nordeste ia aceitar se, a partir de amanhã, só porque alguém vive no Sul e ganhava R$ 800 – não confirmados, porque é um mercado informal, ela pode autodeclarar que ganhava esse valor – por que ela [o trabalhador do Sul] vai receber receber R$ 800 [de assistência do governo] agora se um irmão pobre nordestino ganha R$ 200? Então eu tinha que botar R$ 200 [pra todo mundo]”, disse Guedes.

“E pensando também: e se a crise durar dois anos? A gente aguenta, a gente tem fôlego. Com R$ 200, R$ 250, R$ 300, nós conseguimos estender essa cobertura por mais tempo. Então dado o grau de incerteza que havia naquele momento, eu [defendi], por uma questão condicionante ética, que é não pagar mais a alguém que está em necessidade se você paga a outro esses R$ 200, então coloca igual”, afirmou o ministro.

Durante reunião virtual com a comissão mista da COVID-19 no Congresso, Guedes afirmou que o auxílio emergencial pago durante a pandemia foi um programa “extremamente bem sucedido” porque conseguiu evitar a “convulsão social” entre as camadas mais pobres da sociedade.

O auxílio no valor de R$ 600 – que pode dobrar a depender das condições da família – foi aprovado pelo Congresso, contrariando o desejo do governo, que era de pagar valor inferior. O benefício foi estendido até o fim do ano, mas no patamar dos R$ 300.

Guedes disse que o governo não trabalha com hipótese de segunda onda da pandemia. Mas que, se isso ocorrer em 2021, haveria “fôlego” para estender o auxílio emergencial, desde que o Congresso aprove as reformas do governo Bolsonaro.

“Eu digo o seguinte: nós temos fôlego para seguir até o fim do ano. Dali pra frente, é um ponto de interrogação. Se não aprovarmos as reformas, teremos de novo um enorme desafio ano que vem se voltar uma segunda onda. Se voltar uma segunda onda, o que tenho dito é o seguinte: acredite na democracia brasileira. Ela dará a resposta. Nós temos uma ação tão fulminante e decisiva quanto nós tivemos. O que não podemos é, por falta de honestidade com nossos contemporâneos, e responsabilidade com as futuras gerações, em vez de enfrentar os reais desafios orçamentários, usar essa desculpa para estender tudo isso como se não houvesse amanhã. Para isso, não contem comigo”, disse Guedes.

Contrariando cientistas, o ministro ainda afirmou que “a verdade é que só estaremos livres desse pesadelos com a vacina surgir. Enquanto isso, estaremos vulneráveis e ameaçados.”

Paulo Guedes debate gastos com pandemia em reunião da Comissão Mista da Covid-19 - 29/10/20

*Com informações do GGN

Fonte: https://antropofagista.com.br

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