sábado, 14 de novembro de 2020

URGENTE: Em Nota, Militares Fazem Linha De Impedimento E Abandonam Bolsonaro Sozinho Na Área

SUED E PROSPERIDADE

14/11/2020

URGENTE: Em Nota, Militares Fazem Linha De Impedimento E Abandonam Bolsonaro Sozinho Na Área

Celeste Silveira 14 de novembro de 2020 

Um dia depois das manifestações do comandante do Exército, Edson Pujol, de que os militares não estão a serviço de governos e de partidos, mas do Estado e do país, hoje há mais um recado a Bolsonaro.

Desta vez, uma nota em defesa da missão constitucional dos militares, com a mesma mensagem: não há como misturar as atividades dos quartéis com as do governo.

O documento foi emitido pelo Ministério da Defesa, com a assinatura de todos os chefes militares. O texto reafirma que as Forças Armadas são apartidárias.

A nota é assinada pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo, e pelos comandantes da Marinha (Ilques Barbosa Júnior), Exército (Edson Leal Pujol) e Aeronáutica (Antonio Carlos Moretti Bermudez).

Há um alerta em especial: o de que os militares confiam que Bolsonaro pensa de acordo com as Forças Armadas. Ou seja, se não pensa, agora terá de pensar.

Bolsonaro será obrigado a admitir que a base militar que ele pretendia ter, de forma incondicional, é imaginária.

Os militares estão saltando fora de compromissos com o bolsonarismo, antes do desastre total. Bolsonaro vai ter de se agarrar ao Centrão e a Olavo de Carvalho.

Esta é a íntegra da nota:

“A respeito de recentes publicações e especulações envolvendo o Governo e as Forças Armadas, o Ministro de Estado da Defesa e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica esclarecem que:

A característica fundamental das Forças Armadas como instituições de Estado, permanentes e necessariamente apartadas da política partidária, conforme ressaltado recentemente por chefes militares, durante seminários programados, é prevista em texto constitucional e em nada destoa do entendimento do Governo e do Presidente da República;

O Presidente da República, como Comandante Supremo, tem demonstrado, por meio de decisões, declarações e presença junto às tropas, apreço pelas Forças Armadas, ao que tem sido correspondido;

O único representante político das Forças Armadas, como integrante do Governo, é o Ministro da Defesa;

Os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, quando se manifestam, sempre falam em termos institucionais, sobre as atividades e as necessidades de preparo e emprego das suas Forças, que estão voltadas exclusivamente para as missões definidas pela Constituição Federal e Leis Complementares;

As Forças Armadas direcionam todos os seus esforços exclusivamente para o cumprimento de suas missões, estando presentes em todo o País.

 Atualmente, atuam no combate ao novo coronavírus (Operação Covid-19), inclusive com apoio às comunidades indígenas; no combate aos crimes ambientais, ao desmatamento e às queimadas na Amazônia (Operação Verde Brasil 2); no acolhimento e interiorização de refugiados da crise na Venezuela (Operação Acolhida); no combate aos crimes transnacionais (Operação Ágata); no apoio às eleições 2020 (logística e garantia da votação e apuração); no apoio à população do Amapá, em função da recente crise gerada por falta de energia elétrica; em ações humanitárias e sociais, como a Operação Carro-Pipa (que leva água a milhões de pessoas atingidas pela seca), o atendimento médico hospitalar às populações ribeirinhas e o transporte de órgãos para transplantes; além de inúmeras outras atividades, destacando, ainda, a essencial e diuturna proteção das fronteiras marítima, terrestre e aérea, que asseguram nossa Soberania e Desenvolvimento Nacional.

Por fim, um País forte requer instituições sólidas e transparentes. 

Tratar com franqueza os assuntos da Defesa, além de proporcionar o fortalecimento das instituições, contribui para o propósito de alçarmos o Brasil a níveis adequados de desenvolvimento e segurança”.

*Com informações do DCM

CONTINUA

Bolsonaro, Descontrolado, Teme A Ruína De Seu Governo

Celeste Silveira 14 de novembro de 2020

Bolsonaro sabe que os próximos cinco ou seis meses serão decisivos. Eles poderão trazer o êxito que lhe permitirá conservar a popularidade para concorrer à reeleição, ou a ruína completa de seu governo. 

adversidades recentes têm aumentado sua irritação, levando-o a rasgar, como fez ontem, a fantasia que vinha usando desde a prisão de Queiroz, a de um Bolsonaro mais contido, propenso ao diálogo e afável com o Congresso, onde montou uma base de apoio com o Centrão e tornou-se um praticante notável da velha política.

Os desatinos de terça-feira, segundo fontes que circulam entre o governo e o Congresso, decorreram destas aflições com uma conjunção de problemas que o deixam irado, à beira de um ataque de nervos. 

E quando fica exasperado, Bolsonaro costuma entregar-se mais à realidade paralela em que vivem pessoas como ele e Trump, como estamos vendo. Num só dia ele celebrou a morte de uma pessoa que participava dos testes da Coronavac, causando a interrupção dos procedimentos pela Anvisa. 

Anvisa que por sinal precipitou-se, arriscando sua credibilidade, e ficou agora suspeita de ter se entregado a Bolsonaro para atuar politicamente na guerra das vacinas. Viu-se em seguida que a morte do participante nada teve a ver com a vacina. Quarenta horas depois a Anvisa recuou e Bolsonaro não se desculpou.

E à tarde, mais impropérios que nunca foram vistos na boca de um presidente. Ele falou em pólvora contra os Estados Unidos, chamou os brasileiros de maricas e os jornalistas de urubuzada. 

Exortou os maricas a enfrentar a pandemia de perto aberto, pois todos vão morrer um dia.

 Vamos sim, mas ninguém quer antecipar seu dia. Nessa fala, homofobia e misoginia (maricas são mulheres, e por serem imprestáveis, viram xingamento de homens fracos) e pregação necrófila: enfrentem o corona e morram se for preciso.

A derrota de seu guru Donald Trump foi, é claro, um infortúnio dos grandes para Bolsonaro, que ainda não assimilou nem reconheceu a vitória de Biden. E nem sabe o que fará sem Trump. 

Some-se a preocupação com a situação do filho Flávio, denunciado pelo MP do Rio por peculato (corrupção), lavagem de dinheiro e comando de organização criminosa. 

Na própria terça, o STF enviou à PGR, para manifestação, pedido de investigação sobre o emprego de recursos e órgãos do Estado, por Bolsonaro, para a defesa do filho.

O que houve? Numa reunião no Palácio, presente o advogado do filho, Bolsonaro acionou a ABIN e a Receita Federal em busca de elementos que pudessem anular a validade do relatório emitido pelo COAF, apontando movimentação financeira atípica por Flávio.

 Deste relatório partiram as investigações do MP do Rio. Mas o ponto mais grave nessa história não é o uso do Estado para fins particulares. 

Ao buscar a nulidade de uma prova judicial, isso pode caracterizar o crime de obstrução de justiça, por parte de Bolsonaro. 

Isso é grave, embora não faltem crimes que justifiquem um impeachment ou a abertura de processo por crime comum, via STF.

E embora tenha se gabado tanto de não entender de economia, quando apresentava Paulo Guedes como o dono da bola nesta área para agradar o mercado, Bolsonaro agora sabe que o país “caminha a passos largos para o precipício”, para usar palavras do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que não pode ser chamado de alarmista.

A dívida pública vai se tornando explosiva, aproximando-se dos 100% do PIB, e o deficit passará dos R$ 900 bilhões no final do ano. 

O desemprego campeia e a inflação está aí, tendo o próprio Guedes afirmado que, se a questão da dívida não for equacionada, poderemos voltar a conviver com a hiperinflação.

 Guedes declarou-se também frustrado por não ter conseguido, em dois anos, vender nenhuma estatal. Ministro que começa a falar em frustração costuma estar preparando a saída.

 Guedes não entregou nada do que prometeu à elite econômica e ao mercado, e sabe que o que nos espera em 2021. Bolsonaro não sabe o que fazer: manter Guedes e sua política fracassada ou correr o risco de trocar de ministro.

Para completar, ele tem sido um péssimo cabo eleitoral, ao contrário do que se esperava. 

Os candidatos que apoia não estão se saindo bem nas pesquisas. 

A eleição de domingo pode mostrar um Bolsonaro perdedor. 

isso também pode lhe dar nos nervos.

*Tereza Cruvinel/247

Fonte: https://antropofagista.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário