ESCÂNDALOS:
ERA BOLSONARISTA PODE TERMINAR ANTES DE COMEÇAR; CONFIRA!
Por Portal
Click Política Em 11 dez, 2018
Escândalos,
incompetências e riscos ao país são motivos que alimentam as conjecturas sobre
o encurtamento do prazo de validade do Bolsonaro.
O escândalo
do assessor Fabrício Queiroz removeu o véu da falsa moralidade e colocou
Bolsonaro diante de uma crise cuja complexidade supera extraordinariamente a
capacidade cognitiva, política e mental dele se desempenhar de modo lógico e
convincente.
Os membros
do clã bolsonarista, costumeiramente loquazes e agressivos nas mídias sociais,
pronunciam-se acerca do caso com rara parcimônia e economia de palavras.
Ao
invés de esclarecerem o escândalo, adicionam mais contradições.
Enquanto o
filho Flávio dizia estar com a “consciência tranquila”, e que “cabe ao meu
ex-assessor prestar os esclarecimentos”, o irmão Eduardo antecipou-se às
explicações de Queiroz, que nunca chegam, para sustentar que “amizade e
política se misturam”.
Ele reforçou o que já se sabia: a política é o grande
negócio do clã, que amealhou riqueza e patrimônio milionário por meio de
mandatos parlamentares.
Já o pai dos
“garotos” e chefe do clã anunciou que Queiroz “vai dar as explicações”.
Ao se
pronunciar em nome do Queiroz, assumiu-se no papel de porta-voz do assessor do
filho.
O MP, PF e judiciário, em vista disso, deveriam averiguar se está
havendo montagem de versão e obstrução das investigações, o que seria motivo
para a prisão dos autores.
Com a versão
do suposto empréstimo não documentado e não declarado no imposto de renda,
Bolsonaro foi tragado para o epicentro do escândalo; passou recibo do
protagonismo no esquema.
Enquanto só
os Bolsonaro se manifestam, Queiroz, filhas & esposa andam sumidos e imunes
ao escrutínio da imprensa e dos órgãos de investigação.
No Xadrez do COAF, Luis
Nassif aporta informações relevantes para o bom entendimento da falcatrua a
respeito da qual Sérgio Moro permanece em cúmplice silêncio.
O
envolvimento também de Onyx Lorenzoni e Paulo Guedes em outras investigações
agrava as dificuldades políticas do presidente eleito [Onyx poderá cair antes
do governo começar].
As Forças
Armadas não estão indiferentes a essa realidade.
Sabem que a legitimidade dos
militares perante a sociedade está atada ao desempenho e à imagem do Bolsonaro.
Sempre que
pode, o vice Mourão marca diferença com Moro e Bolsonaro.
O general enquadrou o
capitão nos 2 escândalos.
Quanto a Onyx, ele entende que “uma vez que seja
comprovado que houve a ilicitude, é óbvio que ele [Onyx] terá que se retirar do
governo” – vale lembrar que o próprio Onyx confessou a prática ilícita.
A respeito
de Fabrício Queiroz, Mourão foi enfático:
“ele precisa explicar a origem do R$
1,2 milhão que movimentou entre 2016 e 2017”.
Por ora,
ainda é difícil saber se [e desde quando] os militares planejaram e articularam
ocupar espaços de poder, ou se se sentem obrigados a fazê-lo para compensar as
falências e idiossincrasias do Bolsonaro.
A “era
bolsonarista” poderá acabar antes de iniciar.
O general Mourão já admitiu que
“na hipótese de anarquia, pode haver ‘autogolpe’ do presidente com apoio das
FFAA”.
Há quem especule que o 20 de janeiro de 2019 – dia da cirurgia do
Bolsonaro – poderá marcar o início de uma “nova era” do regime de exceção.
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