QUE
VERGONHA! Moro Se “Acovarda” E Foge Para Não Comentar Escândalo Envolvendo
Bolsonaro
Por Portal
Click Política Em 7 dez, 2018
O ex-juiz
Sergio Moro, que será o futuro ministro da Justiça, não quis falar sobre o
“bolsogate” – escândalo que atinge a família Bolsonaro e revela movimentações
de R$ 1,2 milhão feitas por um ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro
(PSL-RJ).
Questionado sobre o caso, ele preferiu silenciar.
“Depois de passar
os últimos dias tendo que responder sobre suposto caixa 2 do futuro
ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, Sergio Moro agora foi questionado
sobre o relatório do Coaf (que passará a ser da alçada de Moro na Justiça) que
revelou movimentação atípica na conta de um assessor do deputado estadual e
senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).
Sobre o filho do presidente, ao menos
por enquanto, Moro preferiu ficar quieto”, informa o site BR 18.
Em artigo
publicado ontem, a colunista Helena Chagas, Jornalista pela Democracia, afirma
que o “bolsogate” cria uma saia-justa para Moro.
Leia, abaixo, o artigo de
Helena:
Por Helena
Chagas, para Os Divergentes e para o Jornalistas pela Democracia – Assim como
jabuti não sobe em árvore, o Ministério Público, o Coaf e outras corporações do
setor de investigações não dão ponto sem nó.
O vazamento do relatório que
apontou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de um ex-assessor do
senador eleito Flávio Bolsonaro — apontando inclusive um cheque de R$ 24 mil
para a futura primeira dama Michelle Bolsonaro — criou uma saia-justa para o
novo governo.
A pergunta que não quer calar em Brasília é se, antes mesmo da
posse, a família Bolsonaro começará a ser investigada.
Tal
investigação não existe ainda.
Fabrício Queiroz, o ex-assessor do filho 01 na
Alerj, entrou numa lista de 22 funcionários que, segundo o Coaf, tiveram
movimentação financeira incompatível com seus ganhos.
Essa lista foi anexada
pelo Ministério Público à investigação que deu origem à Operação Furna da Onça,
que teve como alvo os esquemas na Alerj.
Nem Flávio
nem Fabrício estão no alvo dessa operação, mas o relatório apontando os
caminhos suspeitos do dinheiro, que era retirado também em espécie da conta do
servidor, foi parar nas mãos da imprensa muito provavelmente para forçar a
abertura de uma investigação.
Afinal, são muito comuns, nesses tempos de Lava
Jato permanente, aquelas situações que começam quando as autoridades atiram no
que vêem e acabam acertando o que não vêem.
Também é
frequente o expediente dos procuradores de vazar uma denúncia para respaldar a
abertura de um inquérito quando o caso é delicado.
Para lá de delicado, no
momento, por citar parentes do presidente eleito.
Flávio Bolsonaro, em seu
twitter, jogou o caso no colo do ex-assessor, afirmando esperar que ele
explique tudo. Será que vai?
Acima de
tudo, o episódio será um teste para o novo governo e seu futuro ministro da
Justiça, Sérgio Moro, que a partir de 1 de janeiro será o chefe da Polícia
Federal e do Coaf.
Se a investigação for aberta, portanto, estará nas mãos do
sujeito que abriu a caixa e soltou todos os monstros – que, vê-se agora, são
incontroláveis.
Seu comportamento será acompanhado com lupa para ver se o pau
que bate em Chico bate em Francisco.
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