DESCOBERTO! Dodge Não Pediu Documentos Contra A Globo Aos
EUA E Investigação Seria Apenas ‘Enganação’
Por Redação Click Política Em 25
nov, 2017
Por Joaquim de Carvalho
A decisão da procuradora geral Raquel Dodge de encaminhar a
denúncia contra a Globo por corrupção tem tudo para não dar em nada.
Lembra o
que aconteceu em 2014, quando um grupo de blogueiros, com o Centro de Estudos
de Mídia Alternativa Barão de Itararé e o Mega Cidadania à frente, foi ao
Ministério Público Federal no Rio de Janeiro e entregou uma representação com
25 páginas do processo da Receita Federal em que os donos da TV Globo são
responsabilizados pela prática de crime contra a ordem tributária.
O procurador recebeu os documentos e encaminhou para a
Polícia Federal, que abriu inquérito.
“Tinha grande esperança de que o crime
fosse, finalmente, apurado, em razão da independência do Ministério Público”,
diz Alexandre César Costa Teixeira, autor do blog Mega Cidadania.
No último 7 de outubro, dois dias depois do primeiro turno
das eleições, o inquérito foi arquivado, por decisão do delegado Luiz Menezes,
da Delegacia Fazendária da Superintendência da Polícia Federal no Rio de
Janeiro.
A decisão teve endosso do Ministério Público e foi acatada pela 8ª
Vara Federal Criminal do Estado.
“A frustração é muito grande.
Eu me empenhei muito para que
esse caso não ficasse impune”, disse Alexandre, ao saber que a representação
dele e de seus amigos acabou no arquivo da Justiça Federal.
“Eles não chamaram nenhum de nós para depor, mesmo sabendo
que fomos nós que conseguimos as páginas do processo que havia desaparecido da
Receita. É um absurdo”, afirma.
“O sentimento é de indignação”, diz ele, que já
foi funcionário do Banco do Brasil e do Ministério Público do Estado do Rio de
Janeiro.
Alexandre faz parte de uma rede que atuou na internet, em
junho de 2013, para fortalecer
as manifestações de rua.
Foi ele quem entregou a
Miguel do Rosário, do site O Cafezinho, os documentos que incriminavam a Globo,
o que provocou, em julho de 2013, uma manifestação em frente à porta da Globo,
na rua Von Martins, Jardim Botânico, em que foram distribuídos adesivos com a
frase “Sonegação é a maior corrupção”.
Desta vez, a denúncia de que a Globo pagou propina para ter
direitos de transmissão de futebol veio dos Estados Unidos, onde a Justiça
processa o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, por lavagem
de dinheiro.
Se
quisesse, Raquel Dodge poderia determinar a abertura de inquérito ou requisitar
documentos dos Estados Unidos, com base no acordo de cooperação internacional.
Em vez disso, lavou as mãos e jogou a batata quente para o Ministério Público
Federal.
Como mostra o caso de sonegação, esta denúncia também tem
tudo para terminar no arquivo.
Algum procurador pode até requerer diligência da
Polícia Federal, como aconteceu no caso da sonegação, mas é improvável, dados
os antecedentes, que resultem em algo concreto.
A Globo só corre algum risco se os investigadores
norte-americanos decidirem investigar como a emissora movimentou caixa 2 para
corromper dirigentes de futebol. Do contrário, não há risco.
No Brasil, assim
como o PSDB, a Globo é inimputável.
.x.x.x.x.
PS: Temer, que nomeou Raquel Dodge, até tem interesse no
desgaste da emissora — depois de derrubarem Dilma, os golpistas, como qualquer
quadrilha de assaltantes, estão brigando para dividir o butim, daí o
desentendimento entre Temer e Globo.
Mas, político experiente, Temer quer
enfraquecer o adversário, não liquidá-lo.
O encaminhamento da denúncia para o
Rio de Janeiro segue o roteiro.
Fonte: http://clickpolitica.com.br/
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