SUED E
PROPERIDADE
26/10/2020
Dobra A Aposta Na Humilhação Das
Forças Armadas A Partir Da Servidão Do General Maria Fofoca
Celeste Silveira 26 de outubro de
2020
Na verdade,
a adulação não é um mero comportamento restrito a auto-humilhação, há nisso a
busca por obtenção de vantagens e, neste caso, os dois generais chaleira, que
serviram de capacho para todo o clã Bolsonaro pisar, é por um único motivo,
sustentar a famosa boquinha dentro do governo.
Mas qual o
significado disso nas Forças Armadas quando vê alguém do seu alto comando se
enforcar de forma tão rastejante?
Até o
presente momento não há uma resposta pronta vinda dos militares que justifique
tanta humilhação imposta pelo tenente expulso do exército aos generais de seu
governo.
Mas quem pensa que isso ficará em banho maria a partir de hoje, enganou-se. O gabinete do ódio, o mesmo que, sendo o principal alvo da CPI das fake news, continua atuante e tendo o próprio Bolsonaro, a partir de seus filhos, como o timoneiro dessa estratégia. , os militares sabem disso, pior ainda, as Forças Armadas aceitam isso.
E o que
piora ainda mais, é não se ter noção de onde tudo isso vai parar, mas uma coisa
é certa, são do interesse de Bolsonaro o Pantanal e a região amazônica, as
quais Salles representa e de quem o presidente vai tomar as dores, nunca a
honra de um soldado, tenha ele a patente que tiver.
Bolsonaro
tem uma cobiça doentia por aquelas regiões, nas riquezas que ele tem certeza
que existem debaixo do solo, e disse isso claramente em discurso, proferido e
aplaudido, no Clube da Hebraica no Rio de Janeiro, quando justificou que sua
política seria de massacrar índios e quilombolas com suas tiradas
preconceituosas, racistas que o STF, covardemente, não teve coragem de punir
por interesses alheios ao conhecimento do todos.
O fato é que
Bolsonaro tem seus próprios caminhos, sempre foi assim, independente do
estatuto das Forças Armadas e, por isso mesmo, foi enxotado do exército e
mantém até hoje a mesma ideia fixa de enriquecer através da exploração do
garimpo ilegal e de outras formas de exploração do Pantanal e da Amazônia.
A pergunta
que todos os brasileiros fazem agora, inclusive a mídia que o apoiou na eleição
é, até quando as Forças Armadas aturarão tanta humilhação imposta por um
tenente cuspido do exército pela mesma conduta marginal?
*Carlos
Henrique Machado Freitas
*Foto
destaque: Marcos Corrêa
CONTINUA
Líder Do MBL É Denunciado Por Suposta Participação Em Esquema De Corrupção
Celeste Silveira 26 de outubro de
2020
Na mesma
peça, um empresário que seria coligado ao MBL responde por fraude em licitação,
corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A denúncia,
datada da última quinta-feira (22), afirma que Alessander Mônaco Ferreira,
coligado ao MBL, segundo o MP, teria fechado contrato milionário com a Fipe
(Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) sem licitação. O grupo nega que o
acusado integre ou tenha feito parte do movimento.
Segundo a
Promotoria, Ferreira, dono de uma consultoria, teria usado a influência
política do coordenador nacional do MBL, Renan dos Santos, para ser contratado
em cargo comissionado, sem concurso público, por Nourival Pantano Junior, então
presidente da Imprensa Oficial de São Paulo e hoje presidente da FDE (Fundação
para o Desenvolvimento da Educação).
Na Imesp,
afirma o documento, Alessander Mônaco Ferreira fez doações ao MBL no valor
equivalente a seu salário no cargo público, “como forma de retribuir o ‘favor’
correspondente àquela contratação na Imesp”.
Ele também é
acusado de articular fraudes em licitações e contratações de empresas através
de dispensa e inexigibilidade de licitações, entre elas uma envolvendo a Fipe,
que era cliente da consultoria de Ferreira, a Monaco Intelligent Consulting
Ltda.
Para isso,
teria negociado a contratação com dispensa de licitação com Nourival Pantano
Junior, presidente da Imesp, Carlos Antonio Luque, diretor-presidente da Fipe,
e José Ernesto Lima Gonçalves, ligado à fundação.
O MP diz
que, em 2016, a Secretaria da Habitação de SP queria contratar a consultoria de
Ferreira, mas “contratou a Fipe e esta subcontratou a Monaco Intelligent
Consulting Ltda.”
O contrato
previa o pagamento do valor de R$ 981.500, mas a Fipe repassou à consultoria um
total de R$ 2.538.642 entre 11 de janeiro de 2016 e 23 de maio de 2019. A
promotoria diz que a empresa de Ferreira tinha único sócio e não possuía
empregados.
A conta da
consultoria, então, repassou a Ferreira a quantia de R$ 2.759.768,46, de 5 de
janeiro de 2016 a 28 de maio de 2019).
“Foi
justamente após o final dos pagamentos desta “contratação” milionária que
Alessander Mônaco Ferreira, já funcionário da Imesp, articulou de forma
meticulosa a contratação —com dispensa de licitação— da própria Fipe”, indica o
documento.
De acordo
com a acusação, a “contratação criminosa” da Fipe pela Imesp corresponde à
“devolução/retribuição do favor” por a consultoria ter sido contratada pela
fundação por valores milionários e o pagamento de propina em espécie da Fipe a
Ferreira como retribuição da contratação com dispensa de licitação.
Ainda
conforme a peça, Ferreira depositou os valores “de forma estratificada em dias
próximos ou sequenciais, de valores pouco inferiores a R$ 5.000” para esconder
a origem, em crime de lavagem de dinheiro.
Ferreira é
acusado dos crimes de fraude em licitação, corrupção passiva e lavagem de
dinheiro.
Nourival
Pantano Junior, presidente do FDE e então presidente da Imesp, enfrenta
acusação de fraude em licitação e tráfico de influência. Carlos Antonio Luque,
diretor-presidente da Fipe, e José Ernesto Lima Gonçalves, também da fundação,
são acusados de fraude em licitação, e Renan dos Santos responderá por tráfico
de influência.
Em nota,
Renan dos Santos afirmou não estar “nem um pouco surpreso” com a denúncia, “em
período eleitoral”.
Segundo ele,
o objetivo único é “a tentativa de manchar minha reputação e, por extensão,
afetar meus amigos do MBL”.
“Soube que
nela também foram denunciadas pessoas da FIPE e IMESP. Não tenho a menor ideia
de quem sejam essas pessoas, nunca as vi na vida, e fico chocado que uma
denúncia seja oferecida contra mim simplesmente por que sou ‘famoso’ ou
‘influente’. Coisa que nem sou, pra falar verdade.”
O
coordenador do MBL disse ainda ter se prontificado a prestar depoimento e afirmou
não ter sido ouvido antes da apresentação da denúncia.
Além disso,
afirmou que Ferreira “era apenas um dentre milhares de outros fãs e doadores do
MBL”.
Em nota, a
Imprensa Oficial do Estado de São Paulo informou que contratou a Fipe
“obedecendo todos os trâmites legais exigidos e teve os serviços prestados”.
“Há décadas,
a Fipe, consultoria de renomada excelência, tem contratos de prestação de
serviços com todas as esferas da administração pública e vários poderes. O
consultor Alessander Monaco está entre as centenas de profissionais contratados
pela Fipe com as qualidades técnicas exigidas para a execução dos projetos,”
indica nota.
“A denúncia
do promotor que tenta vincular a contratação da FIPE pelo governo do estado à
vida empresarial e atuação política do consultor junto ao MBL é uma ilação
descabida e sem qualquer respaldo nos fatos.”
Já Nourival
Pantano Junior afirma que a denúncia é “absolutamente improcedente” e
“desconsidera que o contrato da Fipe está calcado no artigo 29, inciso 7° da
lei n°13.303, que dispensa licitação de instituição desde que “a contratada
detenha inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins
lucrativos.”
Segundo
Junior, o procedimento já foi inúmeras vezes referendado pelo Judiciário e pelo
Tribunal de Contas do Estado. “Ao tomar conhecimento do processo, todos os
esclarecimentos serão prestados e devidamente sanados”, completou.
*Com
informações da Folha
Fonte: https://antropofagista.com.br/
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