SUED E
PROSPERIDADE
19/09/2020
O Brasil
Feliz De Novo: Hashtag #HaddadLula2022 Ganha As Redes E Surpreende Milícias
Bolsonaristas
A hashtag #HaddadLula2022 subiu no Twitter nesta manhã de sábado, 19, e prossegue sendo um dos assuntos mais comentados da plataforma.
Protocolo tradicional das
milícias bolsonaristas, a subida forte de uma hashtag eleitoral da esquerda
surpreendeu a todos, inclusive os próprios setores progressistas, que se
engajaram nos compartilhamentos.
Para quem acreditou que as esquerdas ficariam apenas observando mais um passeio da extrema direita nas redes sociais em plena eleição municipal, a hashtag #HaddadLula2022 foi um balde de água fria.
Setores progressistas passaram a
povoar mais as redes e começam, neste momento, a produzir uma inflexão de
engajamentos e participações do usuário digital.
https://twitter.com/selminhasilva13/status/1307302238566731779?s=20
*Com
informações do 247
“O Brasil não só não cumpre os compromissos que assumiu, como gera desconfiança sobre estes acordos internacionais”, diz o economista Francisco Menezes, que destaca: “a consequência é bastante nefasta”.
Os dados de que há 10,5 milhões de pessoas passando fome no Brasil, divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (17), apenas confirmam as expectativas já denunciadas durante o governo de Michel Temer e de Jair Bolsonaro.
Em 2017, por exemplo, o
economista Francisco Menezes, que acompanha de perto a situação da insegurança
alimentar no Brasil e integra o grupo de trabalho Agenda 2030, alertava que o
Brasil voltaria ao Mapa da Fome da ONU.
Naquele ano, o Relatório Luz, o primeiro produzido pelo grupo de trabalho Agenda 2030, mostrava os riscos de um retrocesso (Confira aqui).
Signatário aos 17 Objetivos do
Desenvolvimento Sustentável (ODS), entre os países que integram a ONU, o Brasil
prestou contas dessas metas somente uma vez, em 2017, ficando omisso em 2018,
no governo Temer, e 2019 e 2020, no governo Bolsonaro.
Também com Jair Bolsonaro foi a primeira vez que o Brasil, desde que é signatário ao pacto em 2015, não incluiu os objetivos de desenvolvimento sustentável no programa de governo. É o que informa o economista que faz parte do GT, em entrevista ao GGN.
“No plano estratégico lançado pelo governo, ele [Bolsonaro] suprimiu, pela
primeira vez, a referência às ODS, retirou o compromisso que existia antes, o
que vemos com muita preocupação”, relatou Menezes.
O alerta do retrocesso na fome e na pobreza no Brasil não foi feito apenas por este grupo de trabalho, que acompanha de perto a situação. Além dos dados do IBGE, divulgados a cada 5 anos, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO)
publicou um relatório, no ano passado, indicando que a curva
de desnutrição no país, que era descendente, começava a crescer, juntamente com
a anemia entre mulheres em idade reprodutiva e recém-nascidos abaixo do peso
atingindo 8,4%.
E
considerando que a fome está diretamente relacionada com outra das metas das ODS,
a erradicação da pobreza, dados da Fundação Getúlio Vargas (FVG) divulgados há
dois anos também mostravam que a desigualdade no Brasil vem aumentando desde
2016 (Acesse
aqui).
Questionado
sobre o que esperar de um governo que foi alertado antes mesmo de iniciar o
mandato, Menezes foi direto: “desse governo a gente não espera nada, a
expectativa é neutralizá-lo na sua lógica de destruição e buscar, a partir da
sociedade e em discussão com as instituições brasileiras, propostas
alternativas.”
Estão no
Mapa da Fome todos os países que têm 5% de sua população ingerindo menos
calorias do que o recomendável, ou seja, passando fome. Em 2013, era 3,6% da
população no nível de insegurança alimentar. Deixando este mapa, no feito
inédito, o Brasil também ganhava credibilidade internacional.
A própria FAO reconhece amplamente os logros do Brasil naquele tempo: “As altas e persistentes desigualdades de renda do Brasil e no acesso a serviços básicos, como educação e os cuidados de saúde são bem conhecidos. No entanto, na década de 2000, a desigualdade diminuiu substancialmente, enquanto a economia cresceu a uma taxa anual de 3,2 por cento entre 1999 e 2014.
Como resultado, as reduções em pobreza e desigualdade seguiram de forma semelhante padrão impressionante durante os anos 2000: 26,5 milhões de brasileiros saíram da pobreza entre 2004 e 2014”, destacava, em relatório.
“O Brasil, até 2015, conseguiu cumprir e muitas vezes com sobras esses objetivos.
Nós
estamos andando para trás, aquilo que a gente tinha conseguido até em um
determinado momento, começamos a retroceder e retroceder de uma forma
acelerada”, lamentou o economista.
Apesar de
não ser uma obrigatoriedade, Francisco Menezes ressaltou os efeitos negativos
para o Brasil também em perspectiva de relações internacionais de não cumprir
com os compromissos dos quais assinou junto aos demais países.
“A consequência é bastante nefasta para o país.
A imagem do país, por esse e outros tantos motivos, tem ficado bastante prejudicada. No caso da erradicação da fome, o Brasil era tido como um modelo, a experiência brasileira era acolhida com muita atenção.
Agora, nós somos motivo de uma preocupação de outros países e da humanidade, haja visto o que vem acontecendo também no plano ambiental.
O Brasil não só não cumpre os compromissos que assumiu em diversos
acordos internacionais, como declara desconfiança sobre estes acordos”,
assinalou.
*Com
informações do GGN
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