SUED E PROPERIDADE
11/09/2020
Funcionários
Fantasmas Do Clã Bolsonaro Receberam R$ 29,5 Milhões Em Salários
Investigações
indicam pagamentos em gabinetes para servidores que não exerciam suas funções;
entre 1991 e 2019, R$ 1 em cada R$ 4 da remuneração contabilizada foi destinado
a pessoas sob suspeita.
A intrincada organização dos gabinetes da família Bolsonaro sugere um hábito longevo de preencher cargos comissionados com funcionários que nem sempre davam expediente em seus locais de trabalho.
Um levantamento feito por ÉPOCA joga luz sobre essas movimentações e seus números, que hoje estão nas mesas dos investigadores.
Do total pago aos 286 funcionários que o presidente Jair
Bolsonaro e seus três filhos mais velhos contrataram em seus gabinetes entre
1991 e 2019, 28% foi depositado na conta de servidores com indícios de que
efetivamente não trabalharam.
É como se de cada R$ 4 reais pagos, mais de R$ 1 fosse para as mãos de pessoas que hoje, em grande maioria, são investigadas por devolver parte dos vencimentos aos chefes.
Ao menos 39 possuem indícios de que não trabalharam de fato nos cargos – 13% do
total.
Enquanto recebiam como funcionários, esses profissionais tinham outras profissões como cabeleireira, veterinário, babá e personal trainer, como é o caso de Nathalia Queiroz, filha de Fabrício Queiroz, apontado pelo MP como operador do esquema da rachadinha no gabinete de Flávio.
Juntos, os 39 receberam um total de 16,7
milhões em salários brutos (o equivalente a R$ 29,5 milhões em valores
corrigidos pela inflação do período) durante o período em que trabalharam com a
família.
No grupo de pessoas que constaram como assessores, mas possuem indícios de que não atuavam nos cargos, 17 foram lotadas exclusivamente no gabinete de Flávio Bolsonaro, outros dez no de Carlos, ambos alvos de investigação do Ministério Público.
No
gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro, três funcionários constam na
lista. Há, ainda, outros nove que passaram por vários gabinetes do clã, parte
do modus operandi hoje apurado pelo MP.
Marcia Aguiar, mulher do Queiroz, e Nathália Queiroz, são dois casos emblemáticos desde o início das investigações.
Márcia se declarava cabeleireira em documentos do Judiciário em 2008 e Nathalia é conhecida entre atores e personalidades públicas por seu trabalho como personal trainer.
Cada uma das
duas recebeu ao longo de uma década um total de R$ 1,3 milhão atualizados pela
inflação, mas nunca tiveram crachá na Alerj.
Mas a maior parte dos casos está na família de Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro.
A maioria é investigada pelo Ministério Público nos casos de Flávio ou no de Carlos.
No caso dos 10 assessores de Flávio que são parentes de Ana
Cristina, o MP descobriu que eles sacaram até 90% dos salários no período em
que constaram como servidores, num total de R$ 4 milhões.
A história
de Andrea Siqueira Valle, irmã de Ana Cristina e ex-cunhada de Bolsonaro, é o
ponto mais extremo da curva. Desse grupo, ela é quem mais recebeu.
Entre os gabinetes de Jair, Carlos e Flávio, Andrea somou 20 anos de cargos comissionados e recebeu em salário bruto R$ 1,2 milhão (R$ 2,25 milhões, corrigido pela inflação).
Fisiculturista, ela mantinha uma rotina de malhação de duas a três vezes por dia na academia Physical Form.
Nos intervalos, atuava
como faxineira em residências e vivia em uma casa construída no fundo do
terreno onde moram seus pais. Mas seguia trabalhando como faxineira e com
grandes dificuldades financeiras.
“Ela também
me ajudou com faxina na academia. Ela faz esse tipo de serviço aqui na
academia”, contou Renata Mendes, dona da nova academia que Andrea frequentava
em Guarapari, no Espírito Santo. Procurada, disse que não tinha nada a
declarar.
Em seguida, surge, o veterinário Francisco Siqueira Guimarães Diniz, de 36 anos, primo de Ana Cristina.
Ele tinha apenas 21 anos quando foi nomeado em 2003 e ficou lotado no gabinete de Flávio por 14 anos.
Recebeu um total de R$ 1,2 milhão – R$ 1,95 milhão, corrigido pela inflação.
Em 2005, ele começou a cursar a
faculdade de Medicina Veterinária no Centro Universitário de Barra Mansa,
cidade a 140 quilômetros do Rio e próxima a Resende.
O curso era integral e ele se formou em 2008. Em 2016, ele trabalhou para a H.G.VET Comércio de Produtos Agropecuários e Veterinários.
Apesar de ter ficado mais de uma década nomeado, só teve crachá nos últimos dois meses em que esteve lotado, em 2017.
Procurado, Diniz disse que trabalhou para Flávio, mas não recordava
por quanto tempo.
*Com
informações da Época
CONTINUA
Por Ora A
Chapa Do PE , Partido Do Esgoto É, Moro Presidente E Mainardi, Vice
Bom, Mainardi dispensa apresentações.
Qualquer um que entende do mecanismo utilizado
pelo jornalismo de esgoto, sabe como funciona o Antagonista de Mainardi.
Agora mesmo,
de tanto ser atacado de forma baixa pelo blog que é a bíblia do ódio no Brasil,
o Antagonista, Cristiano Zanin deu uma resposta à altura para a turma da cloaca
em seu twitter, com a seguinte fala:
Nesta quinta-feira foi a vez de Mainardi usar seu blog para atacar Glenn Greenwald com seu estilo peculiar. Podre de caráter, fede no temperamento, é da índole do sujeito.
A baixeza de Mainardi é uma questão de aptidão, está no seu interior,
na sua têmpera, no seu espírito e, consequentemente na sua feição.
Sua ira
contra Glenn se deu pela derrota pessoal pelo fim da Lava Jato, superando em
decibéis sua própria linguagem de milícia digital.
Mainardi, hoje, é antibolsonarista, mas foi cabo eleitoral fardado da campanha de Bolsonaro, mas, com a saída de Moro do governo, optou por manter sua sociedade selvagem com Moro.
Daí sua ira santa e seu ataque de cólera contra Glenn pelo
belíssimo trabalho que fez expondo ao Brasil a podridão que envolve Moro e a
Força-tarefa da Lava jato.
Diante de
quatro derrotas, duas no CNMP em que, primeiro, Dallagnol consegue se safar da
penalidade no caso do power point contra Lula, mas é espinafrado pelos
conselheiros e, em segundo, Dallagnol é condenado por 9 a 1 no mesmo CNMP por
seu ativismo político e interferência na eleição da presidência do Senado.
Soma-se a
isso, a despedida compulsória de Dallagnol da Lava Jato e o suspiro final da
operação que será enterrada de vez no dia 31 de janeiro.
Mas, por
ora, a parceria entre Mainardi e Moro segue revelando o tamanho do caráter de
Moro em que, na prática, revela-se uma chapa eleitoral que traz Moro como candidato
à presidência e, Mainardi como vice, até que Moro consiga alguém pior que
Mainardi, se é que é possível.
E quem pensa que essa chapa começou agora, esquece-se que Mainardi transmitiu ao vivo em seu blog, depoimento sigiloso vazado por Moro que mereceria punição exemplar aos dois, mas como estamos no Brasil e temos a justiça que temos, ficou elas por elas.
E a dupla ainda vende moral aos tolos.
*Carlos
Henrique Machado Freitas
Nenhum comentário:
Postar um comentário